Liz Truss é eleita primeira-ministra no Reino Unido

Liz Truss
Foto: reprodução

Liz Truss foi eleita a primeira-ministra do Reino Unido nesta segunda-feira (5), se tornando a terceira mulher a ocupar o cargo. A conservadora foi eleita com quase 57,4% dos votos em uma votação interna do partido. Ela substitui Boris Johnson, que renunciou ao cargo.

Truss é uma admiradora do livre mercado e entrou na campanha para suceder o primeiro-ministro Boris Johnson encarnando a ala mais à direita do Partido Conservador. A mulher é grande admiradora de Margaret Thatcher.

Antes de eleita, a nova primeira-ministra era secretária de Relações Exteriores durante o período que Boris ficou no poder.

A votação foi feita entre 170 mil integrantes do Partido Conservador em todo o Reino Unido, e o resultado foi anunciado hoje. Liz Truss obteve 81.326 votos, enquanto Sunak conseguiu 60.399. Ela deve assumir oficialmente como premiê apenas amanhã, após viajar a Balmoral, na Escócia, para encontrar-se com a rainha Elizabeth 2ª e, junto a Boris Johnson, realizar formalmente a transferência do cargo.

O principal desafio da nova primeira-ministra é controlar a inflação que assola o Reino Unido. Atualmente, ela esta em 10%, algo inédito em 10 anos.

“Tomarei medidas ousadas para todos nós passarmos por esses tempos difíceis, aumentar nossa economia e liberar o potencial do Reino Unido”, disse Truss em cerimônia de posse.

A futura premiê também prometeu combater a crise energética, causada tanto pelo aumento dos preços como pela insegurança em relação ao fornecimento no inverno, já que houve redução do gás natural proveniente da Rússia. Liz Truss também fez elogios aos Conservadores, prometeu entregar resultados que convertam em votos para o partido nas eleições parlamentares de 2023 e alfinetou Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista.

O perfil de Liz Truss

A ministra das Relações Exteriores, de 47 anos, tornou-se muito popular nas bases do Partido Conservador, principalmente por suas críticas a movimentos identitários e forte posição política.

Foi nomeada chefe da diplomacia como recompensa por seu trabalho como ministra do Comércio Internacional durante o Brexit, que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia. Ela foi a segunda mulher a ocupar a secretaria de Relações Exteriores no Reino Unido. No cargo, conseguiu fechar uma série de importantes acordos comerciais pós-Brexit. Sua linha dura sobre a invasão da Ucrânia ou suas ameaças de romper o acordo da UE sobre a Irlanda do Norte atraem muitos conservadores.

 

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