Haiti registra 1° caso de cólera após pandemia que matou 10 mil

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(Foto: Agencia Brasil)

Após quase três anos desde o fim da pandemia de cólera que matou mais de 10 mil pessoas, o Haiti voltou a detectar casos positivos da doença. Em um anuncio feito neste domingo (2), as autoridades confirmaram uma nova infecção pela doença.

O caso confirmado foi detectado no capital de Porto Príncipe, enquanto há diversos outros suspeitos no bairro Cidade do Sol, de acordo com comunicado do Ministério da Saúde do país.

Em entrevista realizada neste domingo, Laure Adrien, ministro da saúde, revelou que há suspeita de pelo menos sete mortes no total, mas que as autoridades ainda estão tentando confirmar o número exato. Ele também acrescentou que medidas para limitar a propagação dos vírus estão sendo tomadas, além da investigação de possíveis casos positivos e uma nova campanha para aumentar a preocupação da população com higiene.

Atualmente o país enfrenta diversos fatores que auxiliam na disseminação da doença. Muitos hospitais fecharam as portas ou reduziram as operações por falta de combustível para os geradores de energia. Esse défice se deve as gangues que estão bloqueando o principal portos de combustíveis em protesto pelo aumento de preço do produto, a cerca de um mês.

A companhia Caribbean Bottling, uma importante fornecedora de água engarrafada, também anunciou neste domingo que não poderia mais continuar produzindo e distribuindo água no país pois ficou sem óleo diesel, que é peça fundamental para sua cadeia de suprimentos.

É importante ressaltar que a cólera é transmitida pela água contaminada com fezes de uma pessoa doente, ou seja, água potável é essencial para evitar a propagação da doença.

No Haiti, o último caso positivo de cólera ocorreu em 2019 e em fevereiro de 2022, o Ministério da Saúde chegou a realizar uma cerimonia para marcar a erradicação oficial da doença no local.

O vírus foi introduzido no país após um terremoto que devastou o Haiti em 2011, pelas equipes das Nações Unidas (ONU), e chegou a matar cerca de 10 mil pessoas. Apenas em 2016 a ONU admitiu o seu papel inicial na pandemia da doença.

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