Ex-militar acusado de matar promotor paraguaio, diz que “ex-presidente” sabia do crime

Assuntos Internacionais, Marcelo Doldan. Fotos: ABC Color
Assuntos Internacionais, Marcelo Doldan. Fotos: ABC Color

O depoimento do ex-militar colombiano, Francisco Luis Correa Galeano, caiu como uma bomba nos meios políticos e entre promotores paraguaios, na manhã de hoje (06). Em interrogatório, Corrêa relatou que um “ex-presidente” planejou a morte do procurador paraguaio, Marcelo Pecci, em Cartagena (COL), em maio do ano passado. 

Conforme informações do site ABC Color, na tarde de ontem (5), o jornal El Tiempo publicou relatórios prestados pelo ex-militar sobre o crime, ocorrido em 10 de maio de 2022, quando o promotor passava a lua de mel ao lado de uma esposa, em uma ilha paradisíaca.  O documento, que possui  576 páginas, detalha falas telefônicas de Galeano com um “ex-presidente” que teria planejado a execução.  

O assunto explodiu nos meios políticos do Paraguai. Em entrevista ao jornal paraguaio, o procurador de Assuntos Internacionais, Marcelo Doldan disse que durante o interrogatório, o ex-militar citou diversas vezes que um “ex-presidente” participou do plano. O depoimento foi publicado pelo jornal El Tiempo, na tarde de ontem (5).  

Doldan ainda relatou ao ABC Color que o depoimento de Côrrea é valioso, mas ainda não pode ser levado a sério. Por conta das informações, o ex-militar obteve benefícios judiciais e é apontado como “testemunha chave” do crime.  “Você pode dizer um milhão de coisas, mil nomes, mas nenhum deles tem provas, por isso a informação pode ser descartada ou utilizada nas investigações”, relatou Doldan. 

O promotor Marcelo Picci, executado em Cartagena (COL). Foto: ABC Color 

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