EUA: casal é condenado por vender segredos nucleares para o Brasil

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Imagem: Reprodução/Divulgação

Um casal dos Estados Unidos (EUA) foi condenado nesta quarta-feira (9), por vender informações sigilosas sobre um sistema de propulsão nuclear de navios americanos para o Brasil.

Segundo informações, o homem identificado como Jonathan Toebbe, de 44 anos, recebeu pena de 19 anos de prisão, enquanto sua mulher, Diana Toebbe, 46, pegou de 21 anos de detenção. Em agosto eles se declararam culpados por conspiração.

“O casal conspirou para vender informações restritas que colocariam em risco as vidas de homens e mulheres militares e a segurança dos Estados Unidos”, afirmou Matthew G. Olsen, promotor assistente da divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça.

Os acusados escolheram o Brasil para oferecer as informações por considerarem o país rico o suficiente para comprar os segredos, não hostil em relação aos Estados Unidos e ansioso para obter a mesma tecnologia. O casal também considerou o fato de não achar moralmente aceitável entregar os documentos para adversários e aliados próximos dos EUA na hora da escolha.

Jonathan e Diana começaram a ter os seus planos frustrados logo após entregarem os documentos para o serviço de inteligência brasileiro, já que o governo encaminhou as páginas ao FBI. O casal foi preso em outubro, depois de negociarem com um agente do FBI disfarçado como um representante do Brasil.

Em 8 de junho de 2021, esse mesmo agente chegou a enviar US$ 10.000 (cerca de R$ 53 mil) em criptomoedas para Jonathan como um pagamento de “boa-fé”. Em 26 de junho, o acusado enviou um cartão de memória escondido no meio sanduíche de manteiga de amendoim contendo informações sobre reatores nucleares submarinos. Jonathan recebeu um pagamento de US$ 70.000 (cerca de R$ 371 mil) por essa ação.

Diana participava do esquema fazendo o papel de vigia durante as entregas dos documentos, ficando responsável por observar se o marido estava sendo seguido ou não.

Na época, Jonathan trabalhava no Departamento da Marinha, atuando como engenheiro nuclear e teria sido designado para o Programa de Propulsão Nuclear Naval, também conhecido como Reatores Navais. Ele também possuía uma habilitação de segurança nacional ativa pelo Departamento de Defesa, que permitiu seu acesso a “dados restritos” previstos na Lei de Energia Atômica dos EUA.

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