O Equador registrou mais uma rebelião em presídio nesta segunda-feira (3). Cerca de 15 detentos foram mortos durante o episódio que é contabilizado como o oitavo massacre carcerário do país, desde fevereiro de 2021. Ao todos 400 pessoas já morreram nos incidentes.
Segundo o Serviço de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade (Snai), a rebelião ocorreu na penitenciária de Latacunga, capital de Coropaxi, considerado o mais importante do país e onde detia 4.300 presos.
Já tendo sido cenário de outras duas rebeliões, durante a segunda-feira foram ouvidas explosões. As Forças Armadas foram chamadas para controlar o motim e a Secretaria de Direitos Humanos organizou um serviço de atendimento psicológico para familiares das vítimas do episódio, afirmou o Snai.
Um dos mortos na rebelião foi Leandro Norero, conhecido como “El Patrón”. O preso, com ligações ao narcotráfico, era procurado no Peru e se tornou uma das lideranças do presídio. Foi detido em maio por lavagem de dinheiro durante uma operação, onde foram aprendidos US$ 6,4 milhões, armas de fogo e munições, segundo Jorge Flores, diretor do órgão.
O controle do local já foi retomado e o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, enviou uma mensagem de condolências aos familiares dos mortos. Além dos 15 mortos, ao menos 21 pessoas ficaram feridas.
As prisões do Equador já enfrentaram diversas vezes motins como o de segunda-feira (3). Geralmente os episódios envolvem disputas de poder regional, entre gangues ligadas ao narcotráfico.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos já afirmou que o sistema penitenciário do Equador está prejudicado pelo abandono do Estado e pela ausência de uma política mais responsável, além de pontuar que os detentos vivem em condições precárias.
Com informações do Folhapress.
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