Em meio a tensão entre a Rússia e Ucrânia, onde a possibilidade de negociação de paz está cada vez mais distante, o bilionário Elon Musk conseguiu roubar os holofotes.
Em publicações feitas nesta segunda-feira (3) no seu Twitter oficial, o empresário escreveu uma pequena listas com propostas para encerrar a disputa entre os dois países em conjunto com uma enquete de “sim” ou “não”. Segundo Musk, a Crimeia, anexada em 2014, deve ser russa por ser uma área histórica de Moscou. Mas um novo referendo lá e nas regiões que Putin declarou anexadas na sexta-feira (30) teria de ser feito sob a supervisão da ONU para definir o destino delas. Além disso, a Ucrânia se declararia neutra, uma demanda russa desde o começo da guerra, visando evitar a Otan e a União Europeia em sua maior fronteira ocidental.
Ukraine-Russia Peace:
– Redo elections of annexed regions under UN supervision. Russia leaves if that is will of the people.
– Crimea formally part of Russia, as it has been since 1783 (until Khrushchev’s mistake).
– Water supply to Crimea assured.
– Ukraine remains neutral.
— Elon Musk (@elonmusk) October 3, 2022
Em resposta a essas publicações, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, fez uma outra enquete no seu perfil, onde pergunta qual Elon Musk a população gostava mais, o que apoia a Ucrânia ou o que apoia a Rússia.
Which @elonmusk do you like more?
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 3, 2022
Já do lado do Kremlin, a proposta de Musk foi elogiada. “É muito positivo que alguém como Elon Musk esteja buscando uma solução pacífica para a situação. Comparado a muitos diplomatas profissionais, Musk ainda está buscando meios para chegar à paz. E chegar a ela sem preencher as condições da Rússia é absolutamente impossível”, disse o porta-voz Dmitri Peskov.
O empresário tem um papel ativo na guerra entre os países. Bem no começo do conflito, quando havia problemas na comunicação em solo das Forças Armadas ucranianas, Musk deslocou satélites de órbita baixa de sua rede Starlink e os colocou à disposição de Kiev, melhorando a conectividade de banda larga no país, que era essencial para os drones darem a posição correta à artilharia. Ele até disse ter medo de ser morto pelo Kremlin por essa ajuda.
Com informações de Igor Gielow, Folhapress.
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