Cerca de 4 mil crianças na República Democrática do Congo ficaram órfãs ou foram deixadas desacompanhadas em consequência da epidemia de ebola, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O surto do ebola tem se expandido nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, na parte leste do país, desde o mês de agosto do ano passado, deixando mais de 1.800 pessoas mortas. Segundo a agência, mais de 1.300 crianças perderam um ou ambos os pais por conta da enfermidade desde o início do surto.
Mais de 2.400 crianças têm sido separadas de seus país ou cuidadores e deixadas sozinhas enquanto os adultos se submetem a exames e tratamentos, ou ficam isolados por terem tido contato com alguém infectado. O Unicef diz que muitas dessas crianças necessitam de ajuda alimentícia e se deparam também com discriminação por suspeita de infecção.
A instituição opera três creches nas proximidades dos centros de tratamento do vírus ebola, nas localidades em que ocorrem a epidemia. As crianças são cuidadas nas instalações até seus pais concluírem o tratamento. O Unicef também tem treinado profissionais que fornecem assistência às crianças.
A agência alerta que o número de crianças órfãs ou desacompanhadas está se elevando rapidamente e pede à comunidade internacional que amplie o apoio ao governo do país. Acesse também: Campeonato e copa mundial de FIFA 21 são cancelados
(Rafael Belo com ABR)