O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) após cair de um penhasco nas encostas do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A jovem foi encontrada sem vida na terça-feira (24), quatro dias após desaparecer durante uma trilha.
A informação foi confirmada pelo chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i. Segundo ele, o corpo já foi levado até um ponto de apoio e depois encaminhado ao posto de Sembalun. Em seguida, será transferido para o Hospital da Polícia (RS Polri).
“Após a entrega oficial do corpo ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos seguintes ficará a cargo das autoridades e da família”, explicou Syafi’i à imprensa local.
Um vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, mostra a operação de resgate do corpo de Juliana.
O resgate foi feito por uma equipe de sete socorristas. Quatro deles acamparam junto ao corpo desde terça-feira, enquanto os outros três ficaram no ponto de apoio, a cerca de 400 metros. Devido às condições climáticas ruins, helicópteros não puderam ser usados. As equipes optaram por içar o corpo com o uso de cordas. Imagens da operação foram compartilhadas nas redes sociais.
Juliana, natural de Niterói (RJ), fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e já havia passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã. Na Indonésia, decidiu fazer uma trilha de três dias e duas noites no Monte Rinjani, acompanhada de um guia e outros cinco turistas.
No segundo dia da caminhada, ela se afastou do grupo após uma parada para descanso e caiu de um penhasco de mais de 300 metros de altura. O guia, ao perceber a demora para ela retornar, foi procurá-la e descobriu a queda. Outros turistas que passavam pelo local conseguiram avistar Juliana com a ajuda de um drone e informaram sua família no Brasil.
Demora no resgate e denúncias da família
A família da brasileira criticou duramente as autoridades da Indonésia, acusando o governo local de divulgar informações falsas, como vídeos que mostravam que Juliana teria recebido água, comida e roupas durante os dias em que esteve no local, o que, segundo os familiares, nunca aconteceu.
A Agência de Resgate informou que só foi acionada várias horas após o acidente, quando um dos integrantes do grupo conseguiu descer até um posto, numa caminhada que durou cerca de oito horas. Depois disso, ainda houve demora para que os socorristas conseguissem chegar à área da queda.
Nos primeiros dias, drones com sensores térmicos não conseguiram localizar Juliana. Ela só foi vista na manhã de segunda-feira (23), e os sensores indicaram que ela ainda estava viva, mas imóvel. Ela estava em uma encosta de difícil acesso, a cerca de 500 metros de profundidade. No entanto, o resgate só foi concluído no dia seguinte, quando já havia falecido.
Despedida e comoção
A família confirmou a morte de Juliana nas redes sociais na manhã de terça-feira. O pai da jovem, que viajava para a Indonésia no momento da confirmação, escreveu que sentia como se tivessem “tirado um pedaço” dele. Confira abaixo o o comunicado da família.

Foto: reprodução/redes sociais
Juliana era apaixonada por viagens e natureza. Amigos e parentes prestaram homenagens emocionadas nas redes sociais, lembrando dela como uma jovem aventureira, alegre e generosa. A família agora aguarda os trâmites para a repatriação do corpo ao Brasil.
Com informações do SBT News
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