Sul-mato-grossenses viajam ao Mundial de Atletismo paralímpico

Fotos: Instagram/Reprodução
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Silvânia e Yeltsin disputam evento em sede da próxima Paralimpíada

A seleção brasileira de atletismo paralímpico embarcou, na noite de domingo (2), para disputar o Mundial da modalidade, a partir de sábado (8), e até o dia 17 deste mês, em Paris, na França. São 54 paratletas inscritos pela delegação nacional, inclusos os sul-mato-grossenses Yeltsin Jacques e Silvânia Costa de Oliveira. 

Será a décima edição do evento em que brasileiras e brasileiros estarão presentes. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro após os Jogos de Tóquio 2020 e deve ser o maior evento paralímpico a ocorrer na capital francesa, antes dos Jogos Paralímpicos 2024. A competição será realizada no estádio Charlety, que já sediou etapas do Grand Prix da modalidade.

A participação brasileira será tanto nas provas de pista como nas de campo. O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) divulgou a convocação de 51 atletas e 11 atletas-guia para o Mundial. Além deles, três atletas brasileiros receberam convites nominais enviados pelo World Para Athletics (WPA), braço do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).  

Como noticiado por O Estado, há aproximadamente um mês, Yeltsin faz parte do clube ADD-SP, e tem como treinador Fabio Breda. O campo-grandense de 31 anos é dono de dois ouros na Paralimpíada de Tóquio 2020, obtidos nas provas de 5.000 m, e 1.500 m, ambas na categoria T11 (deficientes visuais). Silvânia, três-lagoense, de 36 anos, é dona de ouros no salto em distância (Rio 2016 e Tóquio 2020), e uma prata no revezamento 4×100 feminino (Rio 2016). A saltadora treina no Iema, de São Caetano do Sul-SP.

 

Programação

O planejamento inicial da comissão técnica do Brasil prevê que atletas treinem umavez por dia e iniciaram ontem (3), já em solo francês, entre exercícios na academia e atividades no estádio em que será a sede da competição.

Ao todo, o país será representado por 19 Estados na competição, em Paris. A maioria das e dos paratletas é nascida em São Paulo. São 14 dos 54 competidores com deficiência.

De acordo com o levantamento do Dear (Departamento de Esportes de Alto Rendimento) do CPB, 31 desses atletas que vão representar o país na competição, na França, têm deficiência física (ou 57,40% do total). Serão ainda 17 atletas com deficiência visual (31,48% do total da seleção) e seis com deficiência intelectual.

Será a maior delegação do país na história dos Mundiais da modalidade. Antes, a maior

equipe brasileira de atletismo em Mundiais havia sido em Dubai (EAU) 2019, quando o país convocou 43 atletas. Naquela ocasião, os brasileiros fizeram a melhor campanha da história do país na competição, na segunda colocação do quadro geral, com 39 medalhas no total: 14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze. O desempenho superou o resultado da edição de Lyon 2013, que até então era a melhor performance nacional, com 16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes, na terceira posição geral.

Ainda de acordo com o levantamento do Dear, já foram conquistadas 215 medalhas na história dos Mundiais de atletismo– sem considerar a participação na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 74 ouros, 65 pratas e 76 bronzes. (Com Luciano Shakihama)

(*Com informações da Confederação Brasileira de Paralímpico)

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