Ronan Cordeiro conquistou a prata no triatlo em Paris, a primeira medalha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. O atleta de 27 anos, compete na classe S5 (comprometimento físico motor), e concluiu a prova (natação, ciclismo e atletismo) em 59min01. A medalha de ouro foi conquistada pelo norte-americano Chris Hammer (58min44), e a de bronze, com o alemão Martin Schulz (59min19).
“Não é fácil, triatlo é um esporte injusto. Eu queria agradecer a toda a minha equipe, porque este ano eu fiquei de oito a 10 meses quase seguidos fora do Brasil. Eu tinha uma missão de quebrar esse paradigma. O cara da minha classe, que tem a bike mais barata é [custa] R$ 120 mil. Eu quero saber quem no Brasil tem capacidade de ter isso. Quero agradecer a todo o apoio. Eu tenho patrocínio que investiu mais de R$ 800 mil em mim, o CPB quase R$ 1 milhão, você sabe o que é isso? E tem gente que não se classificou ainda. Os concorrentes todos estavam em altitude. O CPB [Comitê Paralímpico Brasileiro] fez meu primeiro treinamento em altitude. Obrigada CPB. E olha o resultado que a gente fez. Eu queria muto ganhar isso aqui. Queria dedicar a toda a minha equipe. Foi um resultado injusto, a gente queria ganhar. Tenho muitos sentimentos. Eu arrisquei tudo, eu dei de tudo na natação, dei tudo no ciclismo e paguei caro na corrida. Mas é um resultado histórico e vai mudar para o triatlo”, explicou Ronan, em entrevista ao CPB.
Ronan, têm má formação congênita na mão esquerda. Nascido em Curitiba (PR), entre 2012 e 2018, competia na natação, antes de migrar para o triatlo. Em junho, ele foi ouro no World Series de triatlo, em Swansea (País de Gales).
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