Paralimpíadas serão abertas nesta terça-feira e vão até o próximo dia 5

Paralimpíadas

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 terão início nesta terça-feira (24), e terão duração até o próximo dia 5 de setembro (domingo). A cerimônia de abertura, que será realizada no Estádio Nacional do Japão, às 7h (de MS), terá transmissão ao vivo dos canais Sportv2 e TV Brasil.

Entre os sul-mato-grossenses presentes na delegação brasileira , em um total de 234 atletas com deficiência, estão Yeltins Jacques, Silvânia e Ricardo Costa, ambos do atletismo, e Fernando Rufino e Debora Benevides, da canoagem. Separamos perguntas (e respostas) para você tirar todas as suas dúvidas sobre os Jogos de Tóquio e a participação brasileira no Japão. Confira:

– Quantos estão na delegação do Brasil?

A delegação brasileira será composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país-sede e contou 286 atletas no total, ficando em oitavo lugar no ranking de medalhas.

– Qual a quantidade de atletas paralímpicas mulheres que vão representar o Brasil? 

A delegação será composta por 163 atletas homens e 96 atletas mulheres, o que significa uma representatividade de cerca de 37% feminina entre o total da delegação brasileira paralímpica que está no Japão. O aumento da participação das atletas em todas as modalidades paralímpicas é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB. A meta para os próximos anos é ocupar todas as vagas femininas que houver na delegação brasileira para a disputa dos Jogos. ParaTóquio 2020, a marca não foi possível porque o basquete feminino não se classificou.

– Em quais modalidades o Brasil vai competir?

Atletas paralímpicos brasileiros estarão nas disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, são elas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, parabadminton, parataekwondo, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo e vôlei sentado. O Brasil só não possui participantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

– Qual é a modalidade com o maior número de atletas?

A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo, com 65 representantes e 19 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em Dubai 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente da China.

– Qual a meta do Brasil em Tóquio?

Em seu Planejamento Estratégico, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, sendo o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos.

– Qual será a premiação dos paratletas pelas medalhas?

Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 160 mil por medalha, enquanto a prata renderá R$ 64 mil cada e o bronze, R$ 32 mil. O título paralímpico em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em pares (bocha), valerá um prêmio de R$ 80 mil por atleta. Já prata, neste caso, será bonificada com R$ 32 mil e o bronze, com R$ 16 mil. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiro, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% a cada pódio a mais do valor da medalha seguinte.

– Quantas medalhas o Brasil já ganhou no total nos Jogos Paralímpicos?

O Brasil já conquistou 301 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram 87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze. O país está entre os 20 países que mais medalharam em toda a história dos Jogos Paralímpicos. Com as 301 medalhas no total, o país está na 19ª colocação do quadro de medalhas baseado na quantidade geral de pódios. Se for contabilizado o quadro de medalhas com base nas conquistas de ouro, como é feito em cada edição do evento para efeito de desempate, o Brasil ocupa o 23º
posto mundial.

– Quem é o maior medalhista do Brasil?

Maior referência atual da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil, com 24 medalhas em apenas três edições dos Jogos, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Apenas em Londres 2012, quando foi porta-bandeira da delegação, foram seis medalhas de ouro nas seis provas individuais disputadas, o que também fez o nadador ser o principal atleta do país com maior quantidade de “pódios dourados”.

– Quem vai ser porta-bandeira do Brasil?

Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Também participarão do desfile pela delegação brasileira a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins.

– Qual é o primeiro jogo ou prova do Brasil em Tóquio?

A Seleção Brasileira Masculina de Goalball estreia contra a Lituânia já na noite desta terça-feira, 24, data da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.

– Qual estado tem maior número de atletas?

Atletas de 22 estados e do Distrito Federal estarão em ação na capital japonesa. Atletas nascidos no Estado de São Paulo são maioria, com 60 representantes. Os naturais do Estado do Rio de Janeiro vêm em seguida, com 25. Não há representantes provenientes de Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins.

– Quantos atletas com deficiência severa (classes baixas) compõem a delegação?

Dos atletas com deficiência, 68 serão das chamadas “classes baixas” (com deficiências mais severas). São 42 homens e 26 mulheres que fazem parte desse grupo e que representarão o país no Japão a partir de agosto. Destes, 50% (ou 34) têm deficiência física, 36,76% (ou 25) têm deficiência visual, e 13,23% (ou 9) têm deficiência intelectual.

– Qual deficiência é mais presente na delegação?

A deficiência física é a mais presente, com uma representação de 72,9% entre o total dos participantes. Logo em seguida, com um quantitativo de 23,2%, estão os atletas com deficiência visual, ao passo que os participantes com deficiência intelectual são 3,9% do total dos atletas. Acesse também: Silvânia ‘salta’ ciclo olímpico em busca do bi

(Texto: CPB com Luciano Shakihama)

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