Professor dá aulas na própria casa para crianças carentes

Rafael Belo

Chininha

As artes marciais vão além da defesa pessoal. Há toda uma filosofia de vida fortalecendo o caráter, a disciplina e o respeito do praticante. No Jardim Noroeste, um projeto social atende cerca de 30 crianças e adolescentes que de outra forma estariam à mercê de todo uma situação de risco. Antônio Carlos Paré, o Chininha, 33 anos, é professor de jiu-jitsu e faixa preta terceiro grau do estilo. Ele sonha ter um espaço próprio, atingir todos os bairros periféricos de Campo Grande e ter apoio.

Completando um ano, o objetivo do projeto é mudar a visão sobre a comunidade e dar oportunidades às crianças e jovens do Jardim Noroeste por meio do esporte. “Estamos a procura de parceiros, patrocínio para que o nosso trabalho possa se expandir. Atualmente este projeto não tem recurso algum de nenhum órgão e esta instalado na varanda da minha residência”, explicou.

Seus discípulos já estão chamando a atenção e conseguindo índice para competições estaduais, nacionais e internacionais, mas falta investimento. “No momento não tenho recursos financeiros, mas o pouco que tenho consigo mostrar resultados satisfatórios no esporte e na vida. Pois, sei que estou diminuindo o índice de criminalidade no meu bairro, índice de pessoas doentes e com isso ajudo a proporcionar uma vida mais saudável e inclusão social por meio do esporte”, revelou.

Para Chininha o jiu-jitsu está no dia-a-dia. “Pois a vida deles todos os dias é uma situação de luta onde temos que ter disciplina e alto controle para resolver os problemas”.

O mestre pretende levar o Jiut-jitsu para vida de mais crianças e adolescentes. “Eu pretendo levar este esporte maravilhoso para todas as comunidades carentes de Campo Grande. Acredito que por meio deste esporte irei formar campeões no tatame e principalmente na vida”, finalizou.

Recentemente, no Rio de Janeiro o secretário de educação, Pedro Fernandes, prometeu contratar 1800 instrutores para os colégios e o governador aprovou a inserção do Jiu-Jitsu nas escolas.

Origem
“Venho de uma família muito humilde e agradeço à Deus por ter conhecido esta arte marcial”, conta Chininha. Há 16 anos começou a treinar e o jiu-jitsu mudou literalmente a vida dele. “Por meio do jiu-jitsu conheci vários lugares e hoje tento levar isso aos meus alunos”, revela.
O mestre está em busca de plantar a semente do bem e deixar o seu legado. Ele visa dar a mesma oportunidade que foi dada a ele. Chininha é grato ao professor Alan Regis e ao mestre Isaías.

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