Governo Federal cria grupo para debater candidatura do Brasil à Copa do Mundo de 2027

Brasil tenta receber pela primeira vez o Mundial feminino. Seleção feminina ainda está atrás do título inédito na Copa do Mundo. Foto: Thais Magalhães/CBF
Brasil tenta receber pela primeira vez o Mundial feminino. Seleção feminina ainda está atrás do título inédito na Copa do Mundo. Foto: Thais Magalhães/CBF

O Governo Federal oficializou a criação de um Grupo de Trabalho para coordenar as ações da candidatura do Brasil a sediar a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027. O Decreto nº 11.724, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicado no Diário Oficial da União na manhã de hoje (4). 

A principal função deste Grupo de Trabalho é garantir o cumprimento de uma série de exigências previstas no caderno de encargos da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para os países que se expõem a candidatar-se para receber o Mundial.

Como organizar uma Copa do Mundo transcende o âmbito esportivo e exige ações específicas em diferentes campos, estão previstas as participações de dezenas de pastas do Governo Federal, sob coordenação do Ministério do Esporte. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) será convidada para participar das reuniões.  

“O Brasil já está pronto para realizar a melhor Copa do Mundo Feminina da história. Já temos experiência com grandes eventos, sabemos como fazer, temos inúmeros estádios no padrão FIFA, avançamos na logística, e o Governo Federal dará todo o suporte necessário para a realização de um torneio exemplar”, afirma o ministro do Esporte, André Fufuca. 

Algumas destas pastas envolvidas são os ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, das Comunicações, das Cidades, dos Direitos Humanos e da Cidadania, das Mulheres, de Portos e Aeroportos, do Turismo, da Igualdade Racial, dos Transportes, do Trabalho e Emprego e das Relações Exteriores. “Queremos demonstrar que o futebol no Brasil é um importante meio para reafirmar o protagonismo feminino em todas as áreas”, completa o ministro do Esporte. 

As atividades do Grupo de Trabalho são consideradas prestação de serviço público relevante e não haverá remuneração aos integrantes. Pelo texto publicado no Diário Oficial, as atividades do GT têm prazo de duração prevista de 180 dias.

 

Quatro candidaturas 

Além do Brasil, a África do Sul e mais dois países do continente europeu (Alemanha e Holanda) estão no páreo para sediar o Mundial de 2027. Os EUA e México correm por fora, mas se mantem sonhando em se tornar sede da Copa do Mundo Feminina. 

A decisão está prevista para o 74º Congresso da FIFA, previsto para maio de 2024. Atualmente, o projeto brasileiro conta com 10 cidades-sede: Fortaleza, Recife e Salvador, Porto Alegre, Manaus, Cuiabá, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.  

 

Candidatura inédita  

O Brasil nunca sediou um Mundial feminino e a equipe nacional ainda busca um título inédito na competição. Na edição disputada este ano, na Austrália e na Nova Zelândia, o título ficou com a equipe da Espanha. Os Estados Unidos são os maiores campeões do torneio, com os títulos conquistados em 1991, 1999, 2015 e 2019.

 

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