Fernando Rufino, atleta de Mato Grosso do Sul, foi prata no Mundial de Paracanoagem, no último sábado (8), realizado em Halifax, no Canadá. A medalha de ouro também foi brasileira, com Igor Tofalini, que fechou o tempo 51.67s.
O Cowboy de Aço, como é chamado Fernando, liderou boa parte da prova, entretanto foi superado por Igor, que terminou 33 segundos a frente. Os dois dominaram a prova do início ao fim, disputando remada a remada, ouro e a prata. Em entrevista coletiva após a prova, Fernando Rufino revelou que já esperava a disputa com o compatriota.
“Nós já vínhamos brigando desde os treinos, a nossa preparação foi um pouco curta, mas ano que vem vamos estar bem melhor, atleta de verdade é o que veste a camisa faz acontecer. A ‘veiarada’ do rodeio está firme na remada”, afirmou Rufino.
Com a dobradinha no pódio do VL2 200 metros, o Brasil terminou em terceiro lugar no ranking geral de medalhas no Mundial de Paracanoagem, com um ouro, duas pratas e um bronze.
O Brasil já soma quatro pódios no Mundial de Canoagem e Paracanoagem, todos vindos da paracanoagem. Luis Carlos Cardoso faturou a prata no KL1 200m, enquanto Mari Santilli faturou o bronze no VL3 200m, ambos na sexta-feira (05).
A história de Fernando Rufino
A história do Cowboy de Aço é de superação. O atleta começou no esporte sete anos depois de sofrer o acidente de ônibus que tirou o movimento das suas pernas. Até então, Rufino jogava futebol e montava touros em rodeios. Ter uma carreira como peão era o seu principal objetivo na vida.
Em 2005, quando voltava para casa de ônibus, a porta do veículo se abriu e ele foi arremessado para fora do veículo. Na tentativa de voltar para o interior do ônibus, Fernando acabou caindo e sendo arrastado por mais de 100 metros pela rua. O episódio lesionou a sua coluna e o caubói não pode voltar a andar como antes.