Com o dobro de participantes, Maratona de Campo Grande reuniu atletas de diversas idades

maratona de Campo Grande
Fotos: Lucas Castro/Fundesporte

Nem mesmo o horário, em torno de 6h da manhã afastou a multidão que saiu as ruas da Capital no último domingo (3), para participar da segunda edição da Maratona de Campo Grande. Neste ano o número de participantes inscritos dobrou, com mais de dois mil corredores nas ruas, em um percurso que evidenciou as belezas da cidade morena.

Além da tradicional prova de 42 quilômetros (km), o evento incluiu os trajetos de sete e 21 km para reunir democraticamente todos os amantes de corrida de rua, do iniciante ao avançado. A largada foi dada dos altos da avenida Afonso Pena, na Cidade da Maratona, e os corredores tiveram a oportunidade de passar por pontos estratégicos da capital, como o Bioparque Pantanal, a Rua 14 de Julho, o Horto Florestal e o Parque dos Poderes. Tudo isso em meio ao encanto do chão forrado por flores de ipê, típica árvore com florada característica nesta época do ano, formando “tapetes” de várias cores: rosa, amarelo, roxo.

Organizadora da prova, Kassilene Cardadeiro, exaltou a qualidade técnica do evento, que teve estratégia logística planejada há seis meses. Apesar da interdição de grandes vias da cidade, a estrutura montada não interferiu na mobilidade urbana. “Nosso objetivo é colocar Mato Grosso do Sul no cenário das grandes provas brasileiras e estamos conseguindo, acredito estamos no caminho certo. Dobramos o número de participantes e o percurso mostrou, de fato, a cidade de Campo Grande, com os principais pontos turísticos”.

Emoção

O primeiro a sentir a emoção de cruzar a linha de chegada foi Samael Coelho, de 32 anos. O corredor encarou os sete quilômetros, chegou à marca de 24min24s e se sagrou bicampeão da prova. “Estava lesionado, fiquei surpreso, mas consegui repetir esse feito. Essa é uma das minhas principais provas do ano e consegui atingir um tempo bem próximo ao do ano passado”, relatou o atleta, que vinha se preparando desde janeiro para a Maratona, após se recuperar de uma lesão na panturrilha.

Ao completar a prova, Evelin Ribeiro vibrou e se emocionou. Primeira mulher na linha de chegada, a atleta de 31 anos batalhou para buscar a medalha de ouro, após ter sido segunda colocada em 2022. “Nem acreditei. Eu treino muito, todos os dias, seja com sol, chuva, frio. Cheguei a treinar de touca, casaco e tudo mais. Procuro me esforçar sempre para fazer o melhor e estou muito feliz”, confessou a corredora, que completou o percurso de sete quilômetros em 29min02s.

Para todos

Aude Lessonier deixou bem claro que não há idade certa para testar os limites do corpo e se aventurar em corridas de rua. Aos 77 anos, o servidor público aposentado participou dos sete quilômetros e revelou que começou a correr por motivos de saúde e para incentivar os filhos e amigos a praticarem atividade física. “Quero cuidar da minha saúde e gosto de estar no meio dos jovens, correndo, participando de provas. Eu meço minha vida pelos quilômetros que corro e não pela idade que tenho”. A paixão por corrida começou em 2014. “Corro sempre com meus filhos e até antes da pandemia eu ganhava deles”, brincou Aude, que tem rotina intensa de treinamento funcional e no asfalto, chegando a completar 12 quilômetros.

Personagem de maratonas Brasil e mundo afora, Nilson Lima marcou presença pelo segundo ano consecutivo na Maratona de Campo Grande. Com a prova na capital sul-mato-grossense, o consultor financeiro de 70 anos completou 332 maratonas em seu currículo. O maratonista de Uberlândia (MG) já chegou a competir em provas em 25 países da Europa, no Japão, Emirados Árabes, África do Sul e Estados Unidos.

Para o mineiro, Campo Grande tem hoje uma das melhores maratonas do país e está no caminho certo para entrar no roteiro de provas internacionais. Nilson veio para a Cidade Morena ao lado de 10 amigos corredores, também do interior de Minas Gerais. “Sempre especial vir a Campo Grande, cidade maravilhosa. Esse ano foi melhor ainda, o percurso estava ótimo. Aqui tem vários fatores para tornar a maratona de porte internacional, como o chamamento turístico, a divulgação, a estrutura de qualidade e o percurso atrativo. A gente corre, mas também aproveita o turismo da cidade e da região. Sempre que possível quero voltar a Campo Grande”.

A competição teve o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer), Fundtur (Fundação de Turismo) e Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), com patrocínio máster da MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul).

Com informações da Fundesporte. 

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