Brasileiro é pego em antidoping a seis meses de Tóquio 2020

Velejador brasileiro Jorge Zarif foi flagrado no evento-teste realizado em agosto, no Japão

A delegação brasileira corre o risco de ficar sem um dos seus principais atletas da Vela nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam em 24 de julho, no Japão. O velejador paulista Jorge Zarif, campeão mundial da classe Finn em 2013, foi flagrado no exame antidoping com uma substância proibida, o tamoxifeno. O exame foi realizado quando o atleta participou do evento teste da modalidade na Baía de Enoshima, onde ocorrerão as disputas de vela na Olimpíada do Japão, mas só revelado na tarde de ontem (16).

Por meio de um comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa na conta pessoal de Zarif, no Instagram, o atleta reconheceu que fez uso da substância proibida em tratamento médico e se colocou em suspensão preventivamente pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Com a opção pela suspensão preventiva, caso Zarif venha a ser punido pela Wada (Agência Mundial Anti-Doping), o prazo de punição passa a valer a partir da data desta última quinta (16). Se o atleta for suspenso por seis meses, ele poderá retornar às atividades a tempo de participar da Olimpíada de Tóquio.

O velejador explicou no comunicado que fez uso da substância tamoxifeno, durante 20 dias de junho passado, sob orientação médica. Ele explicou que se submeteu ao tratamento devido a uma ginecomastia bilateral (aumento do tecido mamário em homens) que lhe causava dores e limitava seus movimentos. Zarif esclareceu ainda que optou pelo tratamento medicamentoso para evitar um procedimento cirúrgico, que poderia afastá-lo de atividades físicas por 45 dias.

(Texto: Lyanny Yrigoyen com Agência Brasil)

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