Belmar Fidalgo viu Pelé marcar os gols 710, 711 e 712 da carreira

Maior jogador de futebol da história passou pela Capital há 55 anos

Quando a praça de esportes Belmar Fidalgo ainda era “somente” um estádio, o campo localizado no centro de Campo Grande foi palco dos gols 710, 711, e 712 da carreira de Pelé. Ou Edson Arantes do Nascimento, como o próprio ídolo frisava para externar suas opiniões a depender do assunto. Uma coisa é certa, ambos concordam com a extraordinária marca de 1281 gols.

Nesta quinta-feira (23), o maior ídolo do futebol mundial completa 80 anos. E, vale dizer, que a capital sul-mato-grossense também faz parte da história do eterno camisa 10. No Belmar Fidalgo, o já consagrado Santos passou pelo local para um amistoso com o Comercial, que como o futebol estadual da época, ainda flertava com o semi-amadorismo.

Em 11 de maio de 1965, Pelé fez três dos quatro gols do Peixe sobre o então “Manda Brasa” ou “Saci”, como era conhecido o Colorado de Campo Grande (infelizmente, o clube tenta apagar os apelidos populares e históricos na tentativa de emplacar o Lobo Guará como novo mascote/símbolo comercialino).

Em relatos anteriores, no fim da década de 90, personagens que estiveram em campo naquele dia retrataram como foi encarar Pelé. “Era um baita negão, a gente nem via a cor da bola”, disse Bráulio paraguaio, na época um dos jogadores da defesa do Comercial. Quando da entrevista dada a este repórter para o diário Folha do Povo MS, o atleta que teve a oportunidade de enfrentar um dos maiores de todos os tempos lembrou deste tempo de futebol raiz em frente a sua pequena porta de comércio – a memória não permite cravar se era sapataria ou conserto de relógios – que localizava-se na rua 7 de Setembro.

Outro personagem daquele jogo que também vestiu a camisa alvirrubra e jogou diante do Rei foi Tachinhas, que seguiu no ramo esportivo. O Comercial teve em sua escalação no estádio Belmar Fidalgo: Airton, Bráulio, Humberto, Sílvio, Ademar, Tachinhas, Dirceu, Dorivaldo, Gileo, Marechal e Milton.
Já Pelé, teve a companhia de Cláudio, Carlos Alberto, Mauro, Geraldo, Arnaldo, Peixinho, Mengálvio (Abel), Coutinho, Toninho Guerreiro, e Lima.

Algumas imagens e recortes de jornais daquele dia de 1965 estão abrigadas no memorial esportivo inaugurado ano passado na Belmar Fidalgo. Atualmente, o espaço está fechado para visitação devido à pandemia de coronavírus. Acesse a reportagem completa.

(Texto: Luciano Shakihama)

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