Famílias estão inseguras com aulas em meio a obras

escola municipal
Foto: Marcos Maluf

Funcionários citam que obras em escolas devem
perdurar por no mínimo mais duas semanas

Com atraso em obras, 21 escolas municipais decidiram adiar a volta às aulas, o que causou um transtorno na programação dos pais. O que estava previsto no calendário escolar era o retorno na quinta- -feira (15), contudo, conforme noticiado anteriormente, por conta dos atrasos na entrega dos trabalhos de manutenção e construção de novas salas, o município optou por voltar na segunda-feira (19). A equipe do jornal O Estado conversou com alguns pais e responsáveis para saber a opinião deles sobre essa mudança.

Em visita a E.M (Escola Municipal) Dr. Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaúbas, foi possível observar uma movimentação de pedreiros na manhã de sábado (17), as equipes estavam trabalhando na tentativa de agilizar o processo. Um dos portões da escola estava cheio de materiais de construção, atrapalhando um pouco a passagem. Um pai que tem uma filha e dois netos matriculados na escola em questão, Douglas Oliveira, contou para a equipe do jornal O Estado que sua preocupação é com o retorno das aulas em meio aos materiais que estão expostos. O mesmo ainda revela que o portão onde estão os materiais é a entrada das crianças menores, de um a cinco anos.

“Estão mexendo, está uma bagunça ali, como que vai entrar criança na escola?. Ali ainda entra criança pequena, imagina uma criança de três, quatro anos brincando ali, sem condições. O motivo que nos deram para voltar segunda-feira foi por conta das obras, mas não adianta nada se ainda estão mexendo, não vai terminar neste final de semana. Ali ainda está esquisito, cheio de entulho, certamente se voltar, vão voltar naquela bagunça”, pergunta.

Por outro lado, Iuri Soares tem um irmão que estuda nessa escola municipal, ele falou da preocupação que sua mãe sentiu em ser avisada de última hora que a escola não abriria na quinta-feira (15), como estava anunciado nas redes sociais da prefeitura. O menino ainda diz que sua mãe e ele ficaram confusos quando viram algumas crianças com uniforme saindo da escola.

“Falaram de última hora que iam começar as aulas nesta segunda (19), minha mãe já ficou desesperada porque a gente trabalha e não tem com quem deixar ele, eu tive que faltar o serviço. O pior que na quinta-feira (15) eu vi algumas crianças com uniforme saindo da escola, até perguntei para minha mãe se ela estava certa que ia começar depois, foi uma confusão, não sabemos se essas crianças que foram são de outras turmas, se confundiram também e acabaram indo, enfim muita falta de comunicação”, comenta.

Um dos funcionários que estavam trabalhando na unidade e preferiu não ser identificado revelou que a entrega está prevista para daqui duas semanas. Lembrando que a escola em questão era uma das que estavam na lista que deveria ter as obras finalizadas no dia 30 de janeiro, ou seja, já está com atraso de mais de duas semanas, ainda vão prorrogar as atividades por mais duas, o que daria um mês de atraso. “Aqui está terminando, falta a parte do acabamento, fazer os retoques na pintura e elétrica. Acredito que temos mais duas semanas mais ou menos pela frente”, informou.

Desapontamento dos pais e responsáveis com a falta de compromisso com as obras das novas salas de aula não são os únicos pontos de reclamação. Uma mãe, que não quis ser identificada, matriculou seu menino na E.M Professora Leire Pimentel, outra que estava na lista para ser entregue no final do mês passado que não foi concluída, a mãe aponta falta de estrutura da escola.

“Eu acho que invés de construírem mais salas deveriam arrumar a estrutura que já tem. Um dos muros está quase caindo, uma árvore que está pelo lado de dentro está caindo em cima do muro, ali já está rachado, deveriam cortar ou podar, sem muro meu filho não vai, o perigo que pode ter de uma criança sair correndo para rua. E esse muro rachado está para o lado que vai sair a nova sala”, pontua.

Por Inez Nazira.

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