Vendedores ambulantes destacam baixa na procura de flores

Desde o 29 de outubro eles estão a postos na frente dos cemitérios e prometem ficar até o domingo (3)

Vendedores ambulantes que já se instalaram nas proximidades dos cemitérios da cidade alegam que este ano a procura pelas flores sejam elas naturais, ou artificiais está baixa. Nesta sexta-feira (01), a Equipe do Jornal O Estado esteve em três cemitérios da Capital e conversou com alguns vendedores que a um dia da data, esperavam uma movimentação bem maior de clientes, mas que pode ter sido afetada pelas altas temperaturas e pela crise financeira.

Com 25 anos de vendas, o artesão Cristovão Ramón, 45, destaca que este ano as vendas estão bem mais fracas do que no ano passado, mas afirma que espera vender tudo o que ele mesmo produz, e para isso vai permanecer no cemitério Santo Antônio até o domingo (03). “Este ano estamos oferecendo preços bem acessíveis, de R$ 20 a R$ 30. Mesmo assim, estamos vendo que o movimento tá bem mais fraco do que no ano passado, talvez seja pelo calor, mas vamos ficar aqui até o domingo para tentar vender para aqueles que vem após a data”, afirmou.

No mesmo cemitério, Damião Antônio, 31, que atua na área de hortifrúti, afirma que a grande procura é por flores naturais. “Temos muitos modelos de flores naturais, e este ano trouxemos apenas algumas artificiais, mas a grande preferência é pelas naturais que custam entre R$ 15 a R$ 25”, explicou.

Nem mesmo o forte calor, fez com que o feirante Sidnei Ramos, 45, que trabalha há 8 anos na Avenida Senador Filinto Müler, no Jardim Parati, saísse do local de vendas. Ele afirma que a grande expectativa é para amanhã (02). “A nossa grande expectativa é de vender amanhã, este ano tá bem fraco e isso que optamos pode vender com preços entre R$ 15 a R$ 25”, ressaltou.

Há poucos metros dali, em frente ao Cemitério Memorial Park, na rua Francisco dos Anjos, bairro Universitário, o filho de Sidnei, o jovem Matheus Ramos, 19, conta que há quatro anos ajuda o pai a vender flores no Dia de Finados, e ele também confirma a baixa procura deste ano. “Não sei se foi o tempo, ou a maior oferta de flores nos estabelecimentos, mas estamos vendo uma procura mais baixa que nos anos anteriores, é algo que já vinha caindo, e este ano tá bem mais, porém estamos na esperança de vender tudo”, finalizou.

(Texto: Michelly Perez)

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