Trump eleva para 125% tarifas sobre China e anuncia redução de taxas recíprocas

Foto: Reprodução
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Tarifa global de 10% seguirá valendo; Trump anunciou as mudanças nas redes sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que irá aumentar as tarifas sobre a China para 125% e pausar as tarifas recíprocas sobre todos os outros países. A tarifa global de 10%, na qual o Brasil está inserido, será mantida.

As mudanças foram anunciadas pelo presidente na sua plataforma Truth Social. Os mercados já reagiram aos novos anúncios. No Brasil, o dólar reverteu os ganhos passou a apresentar forte queda.
As chamadas tarifas recíprocas entraram em vigor nesta quarta-feira (9), afetando dezenas de países. É uma tentativa do republicano de forçar a retomada da industrialização americana, com a volta de fábricas e empregos ao país, uma estratégia criticada por especialistas.

As alíquotas foram anunciadas por Donald Trump na semana passada, em 2 de abril, data que ele batizou de “Dia da libertação”, que consistiu num tarifaço a todas as nações. O pacote inclui um imposto extra de 10% a bens do Brasil –que entrou em vigor no sábado (5). As tarifas mais elevadas dos EUA foram aplicadas à União Europeia e a outros 56 países, incluindo a China.

O modo como as tarifas foram calculadas, com base no déficit comercial registrado pelos EUA com o país e o valor exportado por esse país para o mercado americano, foi criticado e gerou distorções. Lesoto, no sul da África, passaria a ser alvo de taxas de 50%, apesar de o país estar entre os mais pobres do mundo. O Camboja pagaria 49%, e a União Europeia, 20%.
Confira o texto de Trump na íntegra:

“Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado pelos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de explorar os EUA e outros países não são mais sustentáveis nem aceitáveis.

Por outro lado, e considerando o fato de que mais de 75 países entraram em contato com representantes dos Estados Unidos — incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o USTR [Escritório do Representante de Comércio dos EUA] — para negociar uma solução sobre os temas em discussão relativos a comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação cambial e tarifas não monetárias, e que esses países, seguindo minha firme recomendação, não retaliaram de nenhuma forma contra os Estados Unidos, autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, durante esse período, também com efeito imediato.

Obrigado pela atenção a este assunto!”

Com Folha de S.Paulo e Reuters

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