O Governo de Mato Grosso do Sul está com a expectativa de investir R$ 5 bilhões na suinocultura sul-mato-grossense nos próximos anos. Entre os investimentos está o Programa Leitão Vida, administrado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Em 2022, o Programa Leitão Vida fechou o ano pagando mais de R$ 50 milhões em incentivos financeiros a mais de 4,3 milhões de animais incentivados. Outro ponto que é favorável é a priorização de R$ 300 milhões em recursos do FCO Rural (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), direcionados apenas para alocação em projetos de suinocultura neste ano no Estado.
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o programa foca principalmente na sustentabilidade, fazendo com que o produtor invista nas questões ambientais, sanitárias e econômicas. “Nossa meta vai além da qualidade do produto, com um olhar voltado também para o processo produtivo, como um todo”, disse.
Atualmente, o Programa Leitão Vida conta com 257 granjas inscritas. Ao todo, 2,4 milhões de suínos são abatidos dentro de Mato Grosso do Sul, e somente no ano passado 2.197.17 animais estavam cadastrados no projeto.
De acordo com os dados da Semadesc, além da produção de animais de alta qualidade em rendimento de carcaça e genética de padrão elevado, atualmente, cerca de 33 propriedades transformam o biogás proveniente da queima de resíduos das granjas em energia elétrica.
Sendo assim, por meio da queima desses resíduos são gerados mais 13,4 milhões de quilowatts/hora por ano. O volume daria para abastecer uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes durante um ano.
Incentivo
Além disso, existe a construção da primeira etapa da UPL (Unidade de Produção de Leitões) da Cooperativa Alfa em Sidrolândia. Após 18 meses, o empreendimento está na reta final das obras. O investimento total é de R$ 360 milhões na estrutura em construção
numa área de 325 hectares.
O acesso de 1,5 quilômetro à UPL pela MS-162 – obra do Governo do Estado – também está quase concluído. Além disso, já estão a caminho as primeiras matrizes importadas da Áustria.
Quando chegarem ao Brasil, os animais ficarão um período de quarentena sanitária numa ilha do litoral paulista.
No mês de abril, as matrizes serão alojadas para inseminação. A expectativa é de que, em abril de 2024, os primeiros leitões quando atingirem 23 kg sejam encaminhados para 46 granjas – pocilgas.
Por Marina Romualdo– Jornal O Estado do MS.
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