Qualificação do trabalhador ainda é desafio da indústria

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A falta de trabalhador qualificado continua sendo uma das principais dificuldades do setor da industria de Mato Grosso do Sul e foi apontada no 3º trimestre de 2022, como um dos principais desafios dos empresários, seguido da falta ou alto custo da matéria prima e da elevada carga tributária. Apesar das dificuldades o setor apresentou estabilidade na sua atividade entre os meses de agosto e setembro, conforme avaliação feita pela Sondagem Industrial do Radar Industrial da Fiems. No atual levantamento, 49% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apontaram estabilidade na produção, enquanto 24% reportaram crescimento na comparação com o mês imediatamente anterior.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, para os próximos seis meses as expectativas seguem positivas, ou seja, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão otimistas em relação ao período considerado.Quanto à utilização da capacidade instalada, 70% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou mês em 74%.

Maioria dos empresários espera estabilidade na demanda por seus produtos

Para os próximos seis meses a partir de outubro, 26% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus. Por outro lado, para o mesmo período, 9,1% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 64,9% do total. Com relação ao número de trabalhadores, 18,2% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 5,2% acreditam que esse número deve cair. Enquanto 76,6% das empresas esperam manter o número de funcionários estável. Além disso, em outubro, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 61,6 pontos. Indicando aumento de 8,0 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. No atual levantamento 66,2% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses. Os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir.

Confiança

Em outubro, 10,4% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram. No caso da economia estadual, a piora também foi apontada por 10,4% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,3% dos respondentes. Já para 45,5% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual também foi de 45,5% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 42,9%. Por fim, para 44,2% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual também ficou em 44,2% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 42,9%.

Expectativas

Em outubro, 11,7% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 9,1% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 7,8% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 35,1%, já em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 40,3% e, a respeito da própria empresa, 32,5% disseram que a situação deve permanecer igual. Por fim, 53,2% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 50,7% e, no caso da própria empresa, 59,76% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado.

Numeros

A pesquisa ouviu, entre os dias 3 e 11 de outubro, 77 empresas ou 4,4% da amostra nacional, sendo 37 pequenas, 32 médias e oito grandes, dos seguintes segmentos: produtos alimentícios, produtos de material plástico, produtos de metal, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos de minerais não metálicos, produtos têxteis, máquinas e equipamentos, bebidas, produtos de borracha, extração de minerais não metálicos, produtos de madeira, biocombustíveis, químicos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, atividades de apoio à extração de minerais, couros e artefatos de couro, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, fabricação de reboques e carrocerias, móveis e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.

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