Produção de celulose e papel gerou mais de 15 mil empregos em MS

Em abril, o setor
foi líder em
contratação com
288 novas vagas (Foto: Divulgação/Arauco)
Em abril, o setor foi líder em contratação com 288 novas vagas (Foto: Divulgação/Arauco)

Estado ocupa 4ª posição no ranking de oportunidades no setor

Mato Grosso do Sul ocupa a 4º posição no ranking de geração de emprego no setor de produção florestal, refletindo ao todo 15.006 oportunidades de trabalho nas atividades econômicas como na fabricação de celulose e papel. A produção florestal tem sido o setor que mais cresce no estado com novas instalações industriais, sendo as mais recentes no município de Ribas do Rio Pardo, com a Suzano, e em Inocência, com a Arauco.

Em abril, o setor foi líder em contratação, lembra o analista econômico do Sistema Famasul, Jean Américo. “Na análise de empregos do setor florestal, Mato Grosso do Sul apresenta o maior saldo de empregos gerados em abril, com 288 novas vagas, comparado aos demais estados brasileiros. E quanto ao estoque total de emprego no setor florestal, MS se encontra na 4ª colocação nacional com 15.006 postos de empregos. Esses números são um reflexo da economia do estado aquecida, com atração de novos investimentos, em especial com a produção de papel e celulose”, justifica.

O último relatório do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostra que o estado sul-mato-grossense é líder no país em geração de empregos nesse setor. Entre admissões e demissões, houve um saldo de 288 posições em abril. Além disso, MS está em 4º no ranking de estoque de empregos no setor, que é qualquer relação empregatícia mantida com o empregador durante o ano-base.

“Boa parte dos desligamentos realizados no mês, foram feitos pela produção de lavouras temporárias. Associado a este mesmo período, no estado ocorre a finalização da colheita de grãos, como a soja. Outro aspecto importante, é que nesta safra 2023/2024, ocorreu uma quebra de 17% na produção de soja e a expectativa é que a safra de milho a queda seja de 19%. Essas reduções de produção de grãos no estado, impactam na manutenção de empregos em MS”, explica Jean.

Expansão

Essa expansão é resultado de uma demanda global aquecida por produtos florestais, em especial a celulose e o papel, e pelo baixo impacto ambiental. Esses fatores combinados criam um cenário propício para o aumento do número de empregos gerados pela produção florestal no estado. O relatório de abril do Caged também mostrou uma retração nos empregos no setor agropecuário, mas segundo o analista econômico do Sistema Famasul, esse movimento pode estar relacionado ao fim da safra de soja.
O governador Eduardo Riedel frisa que a instalação da Arauco em Mato Grosso do Sul é uma transformação, do ponto de vista socioeconômico e estrutural, atendendo as expectativas de crescimento que o Estado tem atualmente.

“Sem começar a construção da fábrica, a atividade econômica já tem mais de mil funcionários na região. Com o início a partir de julho, e com o cronograma das obras, eu não tenho dúvidas que nos próximos quatro anos, quando está previsto para iniciar a atividade industrial, haverá grandes oportunidades. A gente celebra o dia de hoje entregando a licença de instalação, é um marco importante nesse processo de crescimento”, destaca Riedel.

Celulose e papel lideram as exportações de MS

A receita proveniente da exportação de produtos industriais entre janeiro e maio atingiu US$2,37 bilhões, marcando um crescimento de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando as exportações totalizaram US$2,15 bilhões. Os dados são do Observatório da Indústria de Mato Grosso do Sul.

No mês de maio, a receita alcançou US$498,9 milhões, refletindo uma queda de 9% em relação a maio de 2023, quando as exportações atingiram US$549,7 milhões.

“Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 59% de toda a receita de exportação de todo o Estado. Já no acumulado do ano, a participação está em 58%”, destacou o economista-chefe da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Ezequiel Resende.

De Janeiro a Maio de 2024, a indústria sul-mato-grossense alcançou um montante de US$2,4 bilhões em exportações, marcando um resultado recorde para o período.

Os setores industriais que mais se destacaram nas receitas de exportação até agora foram celulose e papel, com o Estado mantendo uma participação de 24% na produção nacional de celulose, aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano. Além disso, o Complexo Frigorífico e Óleos Vegetais e seus derivados também se destacaram, contribuindo com 76% das exportações no período de janeiro a maio.

Os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeira, com destaque para China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos como principais destinos.

O Complexo Frigorífico registrou exportações no valor de US$624,3 milhões no mesmo período. Os principais produtos incluem carnes desossadas congeladas de bovino, carnes desossadas refrigeradas de bovino, e pedaços e miudezas congeladas de frango. Os principais importadores foram China, Chile, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Hong Kong.

Quanto ao grupo de Óleos Vegetais e derivados, as exportações totalizaram US$349,6 milhões entre janeiro e maio. Os produtos mais destacados foram bagaços e resíduos da extração de óleo de soja, farinhas e pellets da extração de óleo de soja, óleo de soja bruto, óleo de soja refinado e óleo de milho bruto. Holanda, Indonésia, Polônia, Venezuela e Dinamarca foram os principais países compradores.

Por Suzi Jarde

 

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