Preços dos alimentos mais que dobram em supermercados da Capital

Campo Grande está entre as 15 capitais com altana cesta básica
Crédito: divulgação

Tomate, produto que mais encareceu, registrou alta de 177%

Os preços dos alimentos em supermercados de Campo Grande mais que dobraram em um período de seis meses. Segundo levantamento realizado pelo jornal O Estado, dos 27 produtos pesquisados, 14 apresentaram alta de mais de 50%. O tomate foi o item que mais encareceu desde março deste ano e é destaque com aumentos expressivos em vários supermercados, com variações de 50%, 139% e 177%.

Nos últimos anos, muitos brasileiros tiveram de optar pela carne de frango em virtude das altas consecutivas do corte bovino. Mas até a ave sofreu reajustes, e agora aparece em segundo lugar do ranking como o produto com a maior diferença de preço em 2021. Em março, o quilo do frango era vendido a R$ 7,99 e, em setembro, o valor subiu para R$ 13,79, um aumento de 72,6%.

Outro alimento muito presente na mesa das pessoas é o pão francês. Na rede de Supermercados Pires, o quilo do item era vendido a R$ 9,99 no início do ano.

Agora, no mesmo estabelecimento, o preço registrado é de R$ 16,90, alta de 69,2%. No Comper, a variação também foi para cima, de 5,4%. No supermercado, o valor do produto era R$ 14,89, em março, e R$ 15,69, neste mês.

Na mesma rede, o achocolatado de 400g marcou uma das maiores elevações de preço em seis meses. O preparado de bebida láctea saltou de R$ 6,09 para R$ 10,48, aumento de 72%. No Atacadão, o mesmo item foi encontrado por R$ 5,65 há seis meses, e neste mês estava sendo comercializado a R$ 6,49 o pacote.

Entre os aumentos mais notáveis, o sal refinado engrossa a lista com elevação de 67%. No estabelecimento com o maior registro de variação para o período pesquisado, Comper, o alimento era vendido a R$ 1,79. Agora, no mesmo mercado, não é possível comprar sal refinado por menos de R$ 2,99.

No setor de hortifrútis, a cebola também faz parte dos alimentos que mais encareceram. Em março, se podia encontrá-la por R$ 4,79, agora é preciso desembolsar R$ 7,98 para levar um quilo de cebola para casa. O café, bebida consumida por milhões de brasileiros, não escapou dos aumentos e sofreu reajuste de preço em todos os locais pesquisados de Campo Grande.

O pacote de 500g chegou a marcar um salto de 62% no seu preço, sinalizado no Comper. Em março, o produto custava R$ 9,25. Neste mês, o valor atingiu R$ 14,99. Com o segundo maior aumento no intervalo de pesquisa, nas prateleiras do Atacadão o café podia ser adquirido por R$ 8,55. Agora, o preço é de R$ 12,29, diferença de 43%.

Inflação na Capital

Em Campo Grande, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês de agosto registrou variação positiva de 0,89%. Os dados são divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que também apontou alta de 6,34% desde o início de 2021.

Em 12 meses, o aumento do índice foi de 11,26% na Capital. A diferença vista em Campo Grande foi maior que a do país, de 0,87%, para o mês passado. Entre os segmentos mais impactados estão o dos transportes, alimentação e bebidas, saúde e cuidados pessoais.

Felipe Ribeiro

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