Preço da cebola sobre até 127% em uma semana nos supermercados

Quilo da cebola sobe e faz o tempero do campo-grandense ficar amargo
foto: arquivo
Quilo da cebola sobe e faz o tempero do campo-grandense ficar amargo foto: arquivo

Valor do produto passa de R$ 2,19 para R$ 4,99 e pesa no bolso do consumidor da Capital

 

A inflação dos alimentos segue castigando o consumidor em Campo Grande. O quilo da cebola pode custar até 127,85% a mais nos caixas dos supermercados, de acordo com a pesquisa de preço com mais de 20 itens da cesta básica. O levantamento é realizado semanalmente pelo jornal O Estado, que visitou seis estabelecimentos na cidade.

Na coleta de preços dessa sexta-feira (25), o alimento é vendido por R$ 4,99. Frente a cotação da pesquisa anterior onde o quilo chegou a custar R$2,19. Nesta semana, quase todos produtos da seção de hortifruti registraram aumentos, como o quilo da batata que saiu de R$ 3,99 para R$ 7,89, refletindo cerca de 97% na variação de preço.

No corredor das hortaliças, o alho foi o único item que registrou uma leve queda (11,14%). Na semana passada a pesquisa identificou o quilo por R$49,90, já na atual pesquisa o alimento pode ser adquirido por R$44,90/quilo. Após o período da quaresma, o preço do ovo de galinha também deu um alívio para o bolso. Nesta semana a cartela com 12 unidades baixou para R$9,49 (Comper e Fort), em comparação aos R$ 11,89 comercializados na semana passada.

Presente diariamente no prato do brasileiro, os preços do arroz com 5 kg não apresentaram grandes alterações, em relação a última pesquisa. O valor mais em conta encontrado foi de R$19,85, e o mais caro custa R$24,90. Já o pacote de feijão é repassado ao consumidor custando entre R$ 5,49 e R$6,49.

O comportamento do preço do café nas duas últimas semanas de abril, não registraram grandes reajustes. Ontem (25), os valores do produto oscilaram entre R$ 27,90 e R$ 33,90, mesmos valores encontrados pela reportagem na pesquisa passada.  Os diferentes preços gera uma variação de 21,51% de um mercado para o outro. A pesquisa levou em consideração o café Três Corações de 500g.

Prévia da inflação

A prévia da inflação ficou em 0,43% em abril, 0,21 ponto percentual abaixo de março, quando registrou alta de 0,64%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos grupos de alimentação e bebidas (1,14%) e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, os dois grupos respondem por 88% do índice do mês.O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O acumulado no ano ficou em 2,43%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,49%. Em abril de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,21%. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados positivos, com destaque para Alimentação e bebidas, com a maior variação (1,14%), e Saúde e cuidados pessoais (0,96%). A única variação negativa em abril foi no grupo Transportes (-0,44%).

A alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%). Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%) em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).

Na análise regional, nove áreas de abrangência do IPCA-15 tiveram altas em abril. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,88%), por conta das altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,13%), que apresentou queda nos preços do etanol (7,60%) e da gasolina (3,70%).

 

Por Suzi Jarde

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