PIB de MS cresce 13,4% em un ano e interior amplia participação na economia estadual

Foto: Biel Gill
Foto: Biel Gill

Estado alcança R$184 milhões em 2023, tem o 2º maior avanço do país e vê municípios médios e pequenos ganharem espaço

O PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul atingiu R$ 184 bilhões em 2023, registrando crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior. O avanço foi quatro vezes superior à média nacional, que ficou em 3,2%, e colocou o Estado como o segundo com maior variação percentual do país, atrás apenas do Acre. O resultado reflete um desempenho disseminado entre os municípios, impulsionado principalmente pela agropecuária, pela agroindústria e por investimentos em infraestrutura.

Dados do IBGE, compilados pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), mostram que todas as regiões do Estado tiveram aumento nominal do PIB entre 2022 e 2023. O crescimento, no entanto, não ficou concentrado apenas nos maiores centros econômicos. Ao contrário, houve redução da concentração de riquezas e maior participação de municípios de médio e pequeno portes.

Em 2010, as dez maiores economias sul-mato-grossenses respondiam por 65,54% do PIB estadual. Em 2023, essa fatia caiu para 60,74%. “O que se demonstra agora é a distribuição regional desse crescimento, onde aconteceram os maiores impactos, embora todos os municípios tenham sido beneficiados”, afirmou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.

Mesmo entre os municípios com maior peso econômico, houve mudanças. Dourados foi o que mais ampliou participação no PIB estadual em 2023, com alta de 0,7 ponto percentual. Campo Grande, por sua vez, registrou recuo de 1,3 ponto. Também ganharam espaço Ribas do Rio Pardo, Ponta Porã, Naviraí e Inocência. Ainda assim, Campo Grande, Dourados e Três Lagoas permaneceram como as três maiores economias do Estado.

Para Verruck, o movimento está ligado à expansão territorial da produção e da indústria. “Temos um espraiamento do crescimento da agropecuária, que impacta o PIB dos municípios das regiões de Dourados, Ponta Porã, Maracaju, e outro fator é o investimento agroindustrial que nós já tínhamos detectado no PIB do Estado, mas agora vamos olhar isso do ponto de vista territorial”, disse.

Outro indicador que chama atenção é o PIB per capita. Em 2023, Mato Grosso do Sul alcançou R$ 66,8 mil, o sexto maior do Brasil, bem acima da média nacional, de R$ 51,6 mil. No ranking estadual, Selvíria lidera com R$ 330,5 mil por habitante, seguida por Paraíso das Águas (R$ 252,2 mil), Jateí (R$ 203,5 mil), Laguna Carapã (R$ 184,9 mil) e Ribas do Rio Pardo (R$ 144,8 mil).

Os números elevados nesses municípios estão associados a fatores específicos, como a presença de grandes empreendimentos energéticos, produção agropecuária intensiva e baixa densidade populacional. No caso de Ribas do Rio Pardo, o destaque se deve à instalação da indústria de celulose da Suzano, embora a unidade ainda não estivesse em operação em 2023.

“São regiões impactadas pela expansão da produção agropecuária, pelo fortalecimento das cadeias florestais e pela instalação ou ampliação de unidades industriais”, pontuou o secretário. Segundo ele, a entrada em funcionamento de novos projetos industriais deve alterar novamente o ranking do PIB municipal e do PIB per capita nos próximos anos, especialmente nas regiões que concentram investimentos ligados ao setor florestal.

*Com informações da Agência Brasil

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