Petrobras é alvo de processo na CVM após renúncia de presidente

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu, nesta segunda-feira (20), um processo administrativo para investigar a divulgação de notícias sobre a Petrobras, que confirmou a renúncia de seu presidente, José Mauro Coelho.

O processo foi aberto pela supervisão responsável por analisar a divulgação de comunicados, notícias ou fatos relevantes por companhias com ações negociadas em Bolsa. Como foi o caso das notícias sobre a decisão de Coelho, que começaram a circular ainda no domingo (19).

O comunicado oficial foi divulgado pela Petrobras pouco antes das 10h, levando à suspensão das negociações com ações da estatal na Bolsa de São Paulo.

A retirada temporária de uma ação do pregão é adotada sempre que há alguma divulgação ou movimento de mercado capaz de provocar oscilações potencialmente prejudiciais à operação. Após a renúncia, as ações tiveram forte oscilação na Bolsa.

Às 12h28, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) subiam 0,40%, a R$ 30,04. Os papéis preferenciais (PETR4) ganhavam 0,37%, cotados em R$ 27,42. No intervalo entre as suspensões, por volta das 11h, ambas chegaram a cair mais de 4%.

A CVM decidiu abrir investigação sobre a divulgação da troca no comando da Petrobras. O processo avaliará se a comunicação ao mercado seguiu as regras estabelecidas para companhias abertas.

Histórico

A investigação aberta nesta segunda é a quinta relacionada à divulgação de informações pela estatal apenas neste ano. Em março, a conturbada troca no comando da Petrobras também foi alvo de investigações da CVM.

Outro processo semelhante foi aberto em maio de 2021 após a demissão do presidente anterior da estatal, Roberto Castello Branco, anunciada por Bolsonaro em live no Facebook e só confirmada pela Petrobras no dia seguinte.

As declarações levaram a empresa a perder R$ 102,5 bilhões em valor de mercado em apenas um dia, com os investidores temendo intervenção na gestão da companhia e em sua política de preços dos combustíveis.

Com informações da Folhapress

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