Pagando quase R$ 50 no café, anúncio de queda do produto ainda não chega ao consumidor

Preço do café variou entre
R$ 34,59 e R$ 39,90 ao
consumidor campo-grandense,
variação que chega a
15,35%
entre os supermercados - Foto: Nilson Figueiredo
Preço do café variou entre R$ 34,59 e R$ 39,90 ao consumidor campo-grandense, variação que chega a 15,35% entre os supermercados - Foto: Nilson Figueiredo

Após 18 meses de alta, o IPCA de julho revelou que o item havia ficado 1,01% mais barato

Nesta semana, o preço pago no pacote de café variou entre R$ 34,59 e R$ 39,90 para o consumidor campo-grandense. Com variação que chega a 15,35% entre os supermercados da Capital. Os dados são da pesquisa de preços da cesta básica, realizada semanalmente pelo jornal O Estado, feita em seis estabelecimentos. O levantamento levou em consideração o Três Corações com 500g.

Ainda neste mês, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontava que o preço do café havia recuado 1,01%. A redução foi a primeira após 18 meses de aumento do produto. No entanto, a queda “tímida”, ainda não causou impactos positivos para o bolso do consumidor.

A queda anunciada pelo IBGE, é justificada pela safra e oferta do produto, segundo analisou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves. “Tendo uma oferta maior do produto, a tendência é redução de preços”. Com a colheita, mais café fica à disposição para ser ofertado, fazendo com que a pressão provocada pela demanda dos consumidores caia e, consequentemente, os preços recuam.

Esse efeito, aliás, é um reflexo esperado também a partir do tarifaço, caso os produtores de café não consigam encontrar outros países que compram o produto brasileiro, uma vez que as tarifas vão encarecer o café e fazer compradores americanos pensarem duas vezes antes de adquirir o item.

Em Campo Grande, o café em pó registrou queda de 2,95% em julho, de acordo com cálculos publicados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), nesta última quarta-feira (20).

Quedas reais

Por outro lado, alguns itens da cesta básica que estão diariamente no nosso prato, apresentaram diminuição nos preços, como é o caso da batata inglesa. Nesta semana o alimento é vendido por R$ 3,50 em média, a reportagem encontrou o quilo pelo preço mínimo de R$ 2,79 e de R$ 3,99 no máximo – a diferença de preço ficou em 43%.

Os preços mais em conta da batata, motivado pela oferta elevada do tubérculo devido à colheita da safra de inverno em várias praças, reduziram o preço no varejo, gerando assim um impacto real sentido pelo consumidor.

Na seção de frutaria, a banana também deu um alívio para o bolso. Os preços variaram de R$ 4,99 à R$ 8,99/quilo. Mesmo com a queda nos preços a variação foi de 80,16%. Em julho, a banana foi o segundo alimento que mais caiu de preço em Campo Grande com redução de 4,10%, ficando atrás somente da batata. Em seguida veio o arroz agulhinha (-4,09%), açúcar cristal (-3,69%), café em pó (-2,95%), leite integral (-1,52%), feijão carioquinha (-1,16%), manteiga (-0,73%) e carne bovina de primeira (-0,73%).

 

Suzi Jarde

 

 

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