Petrobras anunciou reajuste, que começa a valer nesta quarta-feira
O novo aumento da gasolina e do diesel nas distribuidoras, anunciado pela Petrobras, deve deixar o produto R$ 0,30 e R$ 0,69, respectivamente, mais caro nos postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul. A projeção foi repassada pelo Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul).
No entanto, o diretor-executivo, Edson Lazarotto, defende que “depende sempre do repasse das distribuidoras, pois o mercado é livre”.
O novo valor já começa a valer nesta quarta-feira (16). A estatal anunciou que o reajuste nas refinarias é de R$ 0,41 por litro da gasolina, que passará a ser vendida por R$ 2,93. O aumento é de cerca de 16%.
“Considerando-se a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, diz o comunicado da empresa.
Já para o diesel, o aumento foi de R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro. O reajuste representa 26%.
Defasagem
Antes do reajuste, a estatal vinha de um período de defasagem, que atingiu 13%, com isso, já ameaça o preço da gasolina em Campo Grande, que até então estava em R$ 4,99. O professor de economia, Marcio Coutinho, comentou que essa defasagem era um ponto positivo para os consumidores.
“O preço está abaixo do mercado internacional. Por um lado, isso é positivo para o consumidor, que vai ter um produto mais barato. Porque se tivesse acompanhando a paridade internacional possivelmente os preços estariam mais altos. Por outro lado, o da empresa, ela tem um faturamento encolhido, se o preço está baixo sua receita será menor. Temos que olhar para as duas situações.”
Mudança
A Petrobras relatou ao conselho de administração, no dia 29 de julho, uma defasagem de 13% nos preços da gasolina, em relação ao mercado internacional. Os preços do gás de cozinha e do diesel, porém, estariam alinhados ao cenário global.
Ao colegiado, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a empresa não tem mais compromisso em seguir a política de paridade internacional desde a aprovação das novas diretrizes de preço, em maio.
Prates também não explicou se e quando a defasagem será corrigida. Esta situação é a primeira da nova política de preços implantada pelo presidente da estatal, em meados de maio.
O chamado PPI, ou Preço de Paridade de Importação, estava em vigor desde 2016 e alinhava o valor cobrado no país às variações do mercado internacional. A promessa, na época, era de que o fim da paridade faria com que os preços abaixassem nas bombas.
Por – Suzi Jarde
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