Lojas devem contratar até 2 pessoas para trabalhar no comércio de Campo Grande em dezembro

Foto: Arquivo/O Estado MS
Foto: Arquivo/O Estado MS

Cerca de 20% dos comerciantes esperam ampliar o número de colaboradores ainda neste ano

Espera-se que sejam geradas cerca de 3 mil oportunidades de trabalho no trimestre de outubro a dezembro deste ano, para as movimentações no comércio com a festividades de fim de ano. As perspectivas para a geração de oportunidades de trabalho no final do ano são positivas, segundo a ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande). Uma pesquisa realizada com 100 empresários mostra que a maioria das empresas já contratou ou pretende contratar mão de obra para o período.

Considerando o trimestre de outubro a dezembro, a expectativa da ACICG é que sejam geradas cerca de 3 mil oportunidades de trabalho em empresas do setor terciário (que abrange atividades de comércio e serviços). “Mais de 60% dos participantes da nossa pesquisa têm expectativas de realizar contratações na mesma proporção que no ano passado, enquanto pouco mais de 20% esperam ampliar o número de colaboradores ainda mais este ano. O cenário reflete uma perspectiva de estabilidade no volume de intenções das contratações sinalizadas em 2023”, avalia o presidente da ACICG, Renato Paniago.

A pesquisa também revelou que 77% planejam contratar até 2 profissionais temporários. “Isso mostra que a maioria das empresas visa reforçar suas equipes de forma pontual, sem grandes ampliações”, complementa Paniago. Para 47% dos empresários que participaram da pesquisa, a ampliação do quadro de colaboradores já começou em outubro, mas a maioria das contratações ainda deve ocorrer durante os meses de novembro e dezembro.

“As contratações devem ficar aquecidas na segunda quinzena de novembro, mês em que muitas empresas realizam o pagamento da primeira parcela do 13º salário e se preparam para a Black Friday. Este ano, cerca de 90% do comércio da Capital deve realizar essas ações promocionais pré-natalinas, segundo a nossa pesquisa”, revela Paniago.

Ainda conforme o levantamento, quase 60% dos respondentes afirmaram ter a intenção de efetivar colaboradores temporários. A pesquisa Perspectivas de Contratações para o Fim de Ano da ACICG contou com a participação de empresários dos ramos de vestuário, eletrônicos, calçados, brinquedos, perfumaria, jóias, entre outros.

Contratações temporárias no turismo

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta que a alta temporada do turismo deverá faturar R$ 157,74 bilhões entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, representando um crescimento de 1,7% em relação à temporada anterior. Esse período concentra a maior movimentação do setor e representa cerca de 44% da receita anual, crucial para a saúde financeira de empresas, principalmente micros e pequenas.

Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o papel da estabilidade econômica é muito importante no desempenho do setor. “O crescimento projetado para o turismo reflete a resposta positiva do mercado aos avanços econômicos recentes. A alta temporada beneficia múltiplos setores, gera empregos e impulsiona o consumo, elementos essenciais para o equilíbrio macroeconômico do País”, observa Tadros.

O turismo, duramente impactado pela crise sanitária de 2020, mostra sinais claros de recuperação. Após uma retração de 36,7%, o setor apresentou crescimento de 22,2% e 39,9% nos anos seguintes. Hoje, conforme o Índice de Atividades Turísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ), o faturamento real já supera em 6,9% os níveis pré-pandemia. São Paulo (R$ 51,4 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 19,0 bilhões) e Minas Gerais (R$ 17,2 bilhões) concentram 55,5% das receitas projetadas.

Com o crescimento do número de passageiros, tanto em voos nacionais quanto internacionais, a CNC prevê que os turistas destinem boa parte de seus gastos a bares e restaurantes (R$ 70,67 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 37,55 bilhões). O transporte aéreo e a hospedagem também prometem bom desempenho, impulsionados pela queda recente de 21,1% nos preços das passagens, contrastando com o aumento superior a 50% nos anos anteriores.

Por Suzi Jarde

 

Confira as redes sociais do O Estado Online no  Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *