Itaipu é porta de entrada para a viabilização da ponte que ligará Estado ao Paraná

Divulgação/ Agência Senado
Divulgação/ Agência Senado

A Itaipu Binacional é uma grande aliada do projeto que visa implantar uma ponte, que ligará Mato Grosso do Sul ao Paraná. Para os próximos dias, é esperada uma reunião entre os empresários e a Itaipu para tratar sobre o projeto. A empresa entrou com um auxílio de R$ 3 milhões, para a realização do EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental), etapa responsável pelo conjunto de estudos desenvolvidos para avaliação dos benefícios sociais e econômicos dos investimentos em implantação de novas rodovias ou melhoramentos de rodovias já existentes.

O convênio para o início dos estudos foi assinado no dia 30 de maio de 2022, pelos governadores dos dois Estados, Carlos Massa Ratinho Júnior e o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, em uma cerimônia, no Palácio Iguaçu. Segundo explicou o presidente da Socipar, Dermerval Adilson Silvestre, somente após este estudo é que o pontapé inicial para a construção da ponte poderá ser dado. “O EVTEA apontará o menor impacto ambiental, traçando o menor custo da obra e, posteriormente, viabilizando a construção da ponte, que, diga-se de passagem, trará, além da integração para ambos os Estados, grandes oportunidades em relação ao turismo e logística para MS e Paraná”, ressaltou. A empresa, que vai entregar o estudo, tem o prazo de 18 meses para concluí-lo.

A construção da conexão atende a um antigo pedido da Socipar, que reúne cerca de 200 empresários. “É um trabalho de 10 anos, sendo que, dois anos atrás, tivemos uma reunião com o presidente Bolsonaro e, depois, com o Reinaldo Azambuja, explicando a importância da ponte para escoar a produção de grãos de Mato Grosso do Sul e do Centro-Oeste, também para impulsionar o turismo nos dois Estados”, explicou o presidente da Socipar. Encurtar distâncias

A aposta sobre a construção de uma ponte sobre o rio Paraná possibilitará a ligação entre o Estado de Mato Grosso do Sul e Paraná. O intuito é encurtar a distância entre os dois Estados, ligando o distrito de Porto São José, em São Pedro do Paraná, no noroeste paranaense, à cidade de Taquarussu-MS.

O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, se reuniu com a diretoria da Socipar (Sociedade Civil Organizada do Paraná), no mês passado, 25 de maio, na Governadoria, a pedido do governador Eduardo Riedel, para debater sobre o projeto. “Essa, sem dúvida, é uma obra que cria mais um importante corredor logístico para escoamento da produção agrícola, encurta trajetos e é mais uma rota que será utilizada para o desenvolvimento, nos dois Estados”, declarou.

Para o presidente da Socipar, a construção da ponte servirá, também, como uma “porta” de entrada para novos investidores nos Estados. “Acredito que essa ponte será uma porta de entrada do desenvolvimento, beneficiando empresas nacionais e multinacionais. Já temos empresas nos procurando, interessadas em se instalar nos dois Estados. Temos três que já estão instaladas no Paraná, em decorrência dessa obra. É uma economia para escoar a produção de mais ou menos 130 km de estrada”, explicou. Projeto

A obra tem investimento total de R$ 350 milhões, faz parte de um projeto que incluirá a duplicação da BR-376, rodovia de alto tráfego de caminhões que transportam a safra sul-mato-grossense, cruzando o Estado do Paraná, até o porto de Paranaguá. Com isso, a BR também ficará consolidada como rodovia do agronegócio brasileiro. Cerca de 1.500 caminhões trafegam na região. Com a construção da ponte, poderia encurtar-se as viagens em mais de 100 km.

Conforme a proposta da construção, em Mato Grosso do Sul devem ser implantados 30 km  da rodovia MS473 e um viaduto de acesso, em Taquarussu. No Paraná, o projeto prevê a= restauração de 19,8 km da PR-577 e ainda a construção de contorno em Porto São José, distrito do município de São Pedro do Paraná. 

Com 2 km de extensão e orçado em R$ 2,9 milhões, o projeto da nova ponte já possui EVTEA, contratados pela Itaipu Binacional, por meio de convênio firmado, no ano passado, entre a hidrelétrica e os governos de Mato Grosso do Sul e do Paraná.

 

Por Suzi Jarde – Jornal O Estado do MS.

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