Em um ano 21.606 pessoas aderiram a planos de saúde em MS, um incremento de 13,60% na economia do Estado

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Entre abril de 2023 a abril de 2024, número de usuários cresceu 3,31%

Em Mato Grosso do Sul, o número de usuários de planos de saúde apresentou um crescimento expressivo de acordo com dados obtidos através da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Conforme apurado pela reportagem do jornal O Estado, através da Sala de Situação, ferramenta de consulta disponível no portal da ANS, no Estado, em abril do ano passado existiam cerca de 651.619 de beneficiários e no comparativo de abril deste ano, o número apresentou um aumento de 3,31%, com um valor adicional de pelo menos 21.606 pessoas, que totalizaram 673.225 beneficiários no mesmo período. Ainda conforme a apuração, a partir dos números, as receitas de contraprestação em comparativo entre os anos referidos, se apresenta trimestralmente 13,60% maior, sendo R$ 65.111.942.486 no 1º trimestre de 2023 e saltando para R$ 73.967.767.151 no 1º trimestre de 2024.

Já nacionalmente, ainda conforme dados divulgados pela ANS na quarta-feira (12) a partir do Painel Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, no 1º trimestre de 2024, as operadoras de planos de saúde obtiveram um lucro líquido de R$ 3,33 bilhões, o que representa em todo o país, um crescimento de 343% em relação ao mesmo período de 2023. Desde 2019, antes da pandemia de Covid-19, quando o setor registrou resultado positivo de R$ 4,1 bilhões, este é o melhor resultado para os três primeiros meses de um ano.

Em nota, o diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS, Jorge Aquino, argumentou que a leitura feita, é de uma recuperação econômico-financeira do setor. “Mesmo que não na velocidade pretendida pelas operadoras, há um sólido caminho de retomada dos saldos positivos. Entretanto, é importante não perder de vista que essa recuperação precisa se refletir na garantia e na melhoria dos serviços oferecidos aos beneficiários”, destacou o diretor.

As empresas têm sido questionadas por desligar unilateralmente clientes e encerrar as vendas de alguns tipos de plano. Neste mês, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), anunciou um acordo verbal com as operadoras em que elas se comprometeram a suspender temporariamente o cancelamento de novos contratos coletivos e a rever aqueles que já tinham sido suspensos, em especial, os de pessoas em tratamentos contínuos, como os autistas, com doenças raras e pacientes oncológicos.

Segundo a ANS, o desempenho financeiro positivo pôde ser observado em todos os segmentos. As operadoras exclusivamente odontológicas registraram lucro líquido de R$ 187,9 milhões; as médico-hospitalares, de R$ 3,07 bilhões; e as administradoras de benefícios, de R$ 66,4 milhões.

Um olhar pontual

Em Mato Grosso do Sul, em 2024, de acordo com o painel da ANS, pelo menos 5.483 planos ativos, com variação mensal representada em 0,35% e taxa de cobertura de 24,42%. Em questionamento às operadoras de maior relevância no Estado, como Unimed, Cassems, Santa Casa Saúde e Unisaúde, a reportagem do jornal O Estado obteve resposta apenas da Unimed. Conforme pontuou a operadora, os dados fechados de 2023 revelam um crescimento de 8,62%. Comparado o 1º trimestre 2024 com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento é de 8,5%, enquanto o índice de crescimento geral permanece na casa dos 3%.

Conforme as informações da Unimed, a pandemia da covid-19 trouxe às pessoas maior preocupação em relação aos cuidados com a saúde e bem-estar, prevenção e segurança. Esse movimento foi percebido na Unimed Campo Grande, pela manutenção, ou seja, redução nos cancelamentos de planos. Ainda que o país tenha vivenciado uma “grave crise econômica”, foi percebida ainda uma alta procura por assistência após o período de pandemia, com maior utilização em exames e demais procedimentos médicos.

Novidade

No início deste mês, a agência anunciou um reajuste anual máximo de 6,91% para os planos de saúde individuais e familiares no país. O teto é válido de maio de 2024 a abril de 2025. O reajuste, no entanto, não envolve os planos de saúde coletivos, sejam eles empresariais ou por adesão (contratados por meio de sindicatos e associações), que respondem pela maior parte do mercado. Os 8,7 milhões de usuários que serão atingidos pela mudança representam 17,2% dos 51,1 milhões de consumidores dos planos.

 

Por Julisandy Ferreira

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