Capital das oportunidades, conterrâneos da Bahia e do Acre afirmam terreno fértil para o trabalho em MS
Migrantes de outros estados foram quem dominaram a fila em procura de emprego, na 2ª edição do “Feirão de Oportunidades” organizada pela Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), nesta terça-feira (27), em Campo Grande. Com mais de 600 vagas disponíveis, a iniciativa teve como objetivo, aproximar os candidatos dos empregadores, além de apresentar os serviços oferecidos aos cidadãos.
No local, dentre os candidatos de fora, concorrentes às vagas, relataram que a principal motivação para se mudarem para Mato Grosso do Sul, é a busca por melhores oportunidades de trabalho.
O montador de andaimes, Jailson Douglas, 33, vindo de Mucuri (BA), explica que veio para o Estado, transferido pela empresa de papel e celulose Suzano. Residente de Ribas do Rio Pardo, ele migrou para a Capital campo-grandense para morar com a companheira e, com isso, precisou procurar outro emprego.
“Essa oportunidade do feirão, abre um leque de oportunidades para nos qualificar em outras áreas. Hoje eu vim justamente por conta do feirão. Eu estive aqui ontem para poder uma carta porque eu vi algumas vagas que se enquadram com o meu perfil e aí ela me encaminhou duas cartas e disse que iria ter esse feirão hoje e eu resolvi voltar para ver o que acontece”, explica.
Segundo Douglas, em MS, há muitas oportunidades para trabalhar. Inclusive, esse foi um dos fatores da mudança da Bahia para o Estado. “Eu, particularmente, acho que MS está muito bom de empregos, só basta as pessoas procurarem. Tem um mês e meio que estou em Campo Grande e em 20 dias eu já fiz quatro entrevistas e já rejeitei uma oportunidade e emprego garantida, porque não se enquadrava com meu perfil. Ainda assim, já era uma vaga de emprego. Oportunidade mesmo tem um monte, é só chegar e ter força de vontade”, avalia o montador.
Do Acre para MS
O tratorista migrante do Acre, Antônio Sérgio, 35, também explica que veio para MS, em busca de melhores oportunidades de emprego. Conforme pontua, o Acre não possui tantas oportunidades como aqui, que é um dos líderes nacionais no segmento agrícola, por exemplo. Por isso, ele viu na vinda para a Capital sul-mato-grossense, uma oportunidade.
“No Acre não tem oportunidade para esse tipo de área e quando tem o salário é muito pouco e eu ouvi muito falar nesse Estado, que é muito bom, que tem lavoura e essas coisas. Aí eu vim embora, cheguei ontem e já tenho algumas propostas. É um lugar muito bom, acolheu a gente muito bem e é um lugar que oferece muita oportunidade para quem tem experiência e para quem não tem experiência”, argumenta.
Rosiete Ferreira, 43, trouxe os familiares do Acre para o Feirão da Empregabilidade. Moradora da Capital há sete anos, Ferreira pontua que também se mudou para o Estado motivada pelas oportunidades de emprego. “Eu sou do Acre e quando eu vim de lá, foi justamente por causa do trabalho. As oportunidades de emprego lá é muito ruim. Geralmente eles exigem muita experiência e não tem como ter experiência em algo que você nunca fez. Eu mesmo quando fui trabalhar aqui na Capital, eu não tinha experiência e fui ensinada lá dentro da empresa. O jeito e a forma de trabalhar aqui, eu achei bem melhor. Eu costumo dizer que é nota dez mesmo, não desmerecendo o meu Estado que eu amo, mas em questão de trabalho lá, nós não temos muitas oportunidades. Estão de parabéns pelas oportunidades que dão para as pessoas que estão chegando”, agradece Ferreira.
Por Julisandy Ferreira.
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