Segundo a pesquisa, são 195,2 mil endividados
A pesquisa PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) de novembro, aponta que 43,3% das famílias campo-grandenses possuem contas em atraso há mais de três meses. O levantamento é realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e divulgado pela Fecomércio-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul).
Ao todo, Campo Grande tem 195.206 pessoas endividadas, atingindo o patamar de 60,9%. Em novembro de 2021, esse índice era de 63,7%. Em um comparativo com o mesmo período do ano passado, foram 6.857 mil pessoas a menos, quando o indicador expôs 202.063 mil, ou seja, 63,7%.
Em uma análise panorâmica sobre as atuais circunstâncias, a economista da Fercomércio, Regiane Dede de Oliveira, faz um paralelo entre duas situações apresentadas no levantamento. “O indicador das famílias que estavam com as contas em atraso não diminui (30%) e o das que não têm condições de pagar teve leve redução para 12,6% em novembro em relação aos 13,1% de outubro”, aponta.
Destacando a chegada do 13° salário na renda, no final do ano, a profissional faz um alerta. “Isso sinaliza um ponto de atenção para a próxima pesquisa, para observarmos se com a entrada do décimo terceiro, por exemplo, as pessoas recuperaram o crédito”, destaca.
Os indicadores trazem ainda um percentual de 24,3% de pessoas que estão com pendências financeiras entre 30 e 90 dias, seguido por outros de 17,2% com pelo menos 30 dias de atraso. Já a média de adiamento ficou em 66 dias de atraso.
No mês de novembro foram 38,9% que afirmam não possuírem dívidas, 28,2% se considera pouco endividada, enquanto 16,5% estão mais ou menos endividados e, por fim, 16,2% estão muito endividados.
Tipos de contas
Dentre os principais tipos de débitos, o cartão de crédito ainda aparece como grande vilão, com percentual de 64,2%. Em segundo lugar estão os carnês com lojas (21,2%), seguido de financiamento de carro (9,4%) e de casa (8,8%). Outras dívidas somam 2,6%, conforme a pesquisa. Em média, as famílias estão há 36 semanas comprometidas com as dívidas.
Quanto à situação, 42,2% acredita que não terá condições de resolver a pendência até o mês seguinte. Outros 31,4 % arcarão de forma parcial. E somente 9,3 % cumprirão com o compromisso totalmente em 30 dias.
Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado do MS.
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