Eleições nos EUA podem mexer no câmbio e afetar agro

Estados Unidos foi o 3º maior comprador de produtos neste ano

 

Mesmo figurando como o 3º maior comprador de produtos de Mato Grosso do Sul com movimentação de pouco mais de US$ 187,2 milhões neste ano, os Estados Unidos ainda fazem pouco peso na balança comercial do Estado. Mesmo assim têm importância estratégica para a economia estadual. Os americanos são como uma vitrina dos produtos e influenciam mercados bem maiores. Quem explica isso é o consultor em comércio exterior Aldo Barrigosse.

Os Estados Unidos compraram neste ano basicamente carne congelada e algo in natura, ferro, tapioca e derivados de mandioca e produtos à base de madeira. Ele destaca que as eleições americanas, independente do resultado, seja Joe Biden democrata ou o republicano Donald Trump, não trarão grandes impactos econômicos diretos nas exportações de MS, “pois as relações diplomáticas e os acordos já realizados devem se manter, independente do candidato eleito”.

No entanto existe um ponto de preocupação e risco, segundo o analista. “Poderemos ter uma grande volatilidade da moeda americana, caso ocorra uma judicialização da eleição com a contestação da apuração por um dos candidatos. Isso faria a moeda americana disparar aqui, prejudicando nosso comércio internacional e pressionando a inflação doméstica. Muitos produtos consumidos são dolarizados (ex.: óleo de soja). Dólar alto é bom para exportar, mais aumenta o preço do óleo internamente, pressionando a inflação pelo aumento dos alimentos”, explicou ele. Barrigosse salienta ainda que isso poderia trazer prejuízos para o campo/agro no aumento dos insumos.

 

(Texto: Rosana Siqueira )

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