Mesmo com a queda, índice ainda acumula alta de 2,74% no ano
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em -0,08% em outubro em Campo Grande, influenciada principalmente pela redução na energia elétrica residencial. O resultado representa uma queda de 0,63 ponto percentual em relação a setembro (0,55%) e é o menor desde março.
Com o desempenho, o IPCA da Capital acumula alta de 2,74% em 2025 e 3,83% nos últimos 12 meses, abaixo dos 4,64% registrados no período anterior.
A energia elétrica caiu 0,83%, após a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o patamar 1, o que reduziu a cobrança adicional na conta de luz de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A retração ajudou a conter a inflação do grupo Habitação (-0,16%), que também foi impactado por quedas no detergente (-1,69%) e material hidráulico (-1,15%).
No grupo Transportes (-0,59%), o principal alívio veio do conserto de automóvel (-2,91%), seguido pelo seguro voluntário de veículos (-2,43%) e pela gasolina (-0,45%). Em sentido oposto, houve aumentos no táxi (14,34%), passagem aérea (3,71%) e motocicleta (1,95%).
Os alimentos e bebidas também contribuíram para o resultado negativo do mês, com recuo de 0,17%. A alimentação no domicílio caiu 0,31%, puxada por itens como arroz (-5,30%), banana-d’água (-3,05%) e frango em pedaços (-1,71%). Já a alimentação fora de casa acelerou, passando de 0,14% para 0,26%, com destaque para a alta nas refeições (0,53%).
Entre os grupos com alta, o destaque ficou com o Vestuário (1,50%), impulsionado pelo aumento nos preços de vestido infantil (3,68%) e conjunto infantil (3,74%). Também subiram Despesas pessoais (0,52%) e Educação (0,12%), enquanto Saúde e cuidados pessoais (-0,11%) e Comunicação (-0,33%) apresentaram queda.
Em nível nacional, o IPCA ficou em 0,09%, o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando o índice foi de 0,02%. O acumulado em 12 meses no país é de 4,68%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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