Estado assume também primeira colocação com menor investimento na área da saúde
De maio a junho de 2025, a receita corrente de Mato Grosso do Sul contabilizou R$ 12,7 bilhões. Segundo cálculos da Secretaria do Tesouro Nacional, o Estado configura o ranking das três federações que mais têm despesa com o pessoal que compreende 59% do valor arrecadado.
As informações constam no RREO (Relatório Resumido de Execução Orçamentária) que mapeia estados e o Distrito Federal, divulgado na quarta-feira (20). Através do levantamento é possível observar, que o Estado que mais tem gasto com despesa de pessoal é Rio Grande do Norte (72%), em seguida Rio Grande do Sul (63%).
“Gasto com pessoal” refere-se ao somatório de todas as despesas que um ente público (como um governo) tem com seus funcionários, incluindo ativos, inativos e pensionistas. Inclui vencimentos, salários, subsídios, proventos da aposentadoria, pensões, gratificações, adicionais, horas extras, encargos sociais e contribuições para a previdência.
Conforme às contas do governo federal, Mato Grosso do Sul está quase atingindo o limite máximo de gasto autorizado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) de 60%. A receita corrente do Estado deste ano apresentou uma alta de 9% no comparativo com o 3º bimestre de 2024, onde somou R$11,69 bilhões.

Foto: reprodução
Em contrapartida, a despesa corrente do Estado atingiu R$11,33 bilhões frente aos R$ 9,77 bilhões em 2024 – resultando em uma alta de 16%. Os Estados de Alagoas (26%) e Goiás (23%) apresentaram os maiores aumentos percentuais de suas despesas correntes no 3º bimestre de 2025 em relação ao mesmo bimestre de 2024. Já o Amapá (-3%) foi o único Estado a apresentar redução nesse indicador.
No início deste mês, foi publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto de racionalização e corte de gastos do Governo de Mato Grosso do Sul, em 25% nas despesas de custeio. “Todas as secretarias têm um prazo de 10 dias, a contar da publicação, para apresentarem seus respectivos planos de reprogramação das despesas de custeio”, comentou na época o secretário de Estado, Rodrigo Perez.
Despesas por função
O RREO também apresenta os dados estaduais de despesas por função, que revela quanto os Estados gastam proporcionalmente em suas áreas de atuação, como educação, saúde, segurança pública e previdência social, entre outras. A composição da Despesa Total por Função leva em consideração as despesas liquidadas por função em relação à despesa total do 3º bimestre de 2025.
Na função Educação, os maiores percentuais de gasto em relação ao total foram registrados no Acre (24%), Amapá (24%), e Paraná (24%). Por outro lado, os Estados do Rio de Janeiro (10%), de Alagoas (11%) e do Espírito Santo (11%) apresentaram os menores índices desse tipo de despesa.
Quando consideradas as despesas com Saúde, os maiores valores percentuais foram verificados nos Estados do Tocantins (24%), de Pernambuco (23%) e de Roraima (21%). Já os Estados do Mato Grosso do Sul (9%), Rio Grande do Norte (10%) e São Paulo (11%) apresentaram os menores gastos relativos nessa função no bimestre.
Restos a pagar e dívida consolidada
Os Estados que pagaram os maiores percentuais de Restos a Pagar (RAP) até o 3º bimestre de 2025 em relação ao total de RAP inscritos até 31 de dezembro de 2024 foram Mato Grosso do Sul (81%), Pará (78%) e Distrito Federal (77%). Os menores índices de pagamento foram registrados pelos Estados do Amapá (17%), Rio Grande do Sul (39%) e Acre (40%). Um baixo percentual de RAP pago ao longo do ano é um indicativo de dificuldade em honrar despesas antigas.
Por Suzi Jarde
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