Com aumento na inflação e preços nas alturas, ovos devem manter alta até abril

FOTO: NILSON FIGUEIREDO
FOTO: NILSON FIGUEIREDO

Nas últimas semanas, o aumento no preço dos ovos, tanto no atacado quanto no varejo, tem gerado preocupação e críticas por parte dos consumidores. Em nota divulgada na terça-feira (18), a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) explicou que a tendência é que os preços continuem elevados pelos próximos dois meses.

Segundo a associação os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens. Ao mesmo tempo, as temperaturas em níveis históricos têm impacto direto na produtividade das aves, com reflexos na oferta de produtos. Outro fator que também está relacionado acréscimo nos preços está associado ao movimento comercial fortemente sazonal, sendo impulsionado principalmente pela maior demanda por ovos durante o período da Quaresma.

De acordo com os dados mais recentes do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação dos preços de aves e ovos registrou um aumento de 1,69% apenas em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi ainda mais expressiva, atingindo 7,84%.

A ABPA ainda afirma que, apesar desses fatores, os produtores acreditam que o mercado deve se estabilizar até o fim da quaresma, com a recuperação dos níveis de consumo das diversas proteínas. É importante salientar que, apesar da alta, as exportações de ovos têm um impacto quase irrelevante na oferta interna, uma vez que representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que estão previstas para produção este ano. Isso resultará em um consumo per capita de 272 unidades anuais, o que é mais de 40 unidades acima da média global de consumo.

Por João Buchara

 

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