Chegada de fábrica de celulose em Ribas deixa geração de empregos quatro vezes maior

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Foto: divulgação

De janeiro a agosto deste ano, trabalhos formais somaram 3,3 mil

Ribas do Rio Pardo presencia uma verdadeira revolução, tanto na economia como na geração de empregos. O município será sede da mais nova fábrica de celulose da Suzano, com previsão de ser inaugurada em 2024. Prova da expansão é o elevado número na geração de trabalho no ano, chegando a ser quatro vezes maior que no ano passado.

Conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), se comparar janeiro a agosto de 2021, foram contabilizados 855 empregos formais. Já no mesmo período deste ano, depois do início das obras, o acumulado passou para 3.369, ou seja, aumento de 294,03%.

De janeiro a dezembro do ano passado, o total de empregos com carteira assinada chegou a 1.391 mil de saldo.

Empreendedora, Jacqueline Reis Rodrigues, 32 anos, comenta sobre o aumento do fluxo de pessoas na cidade. Dona da panificadora Grano Dorato, ela comemora a melhora no movimento, motivo para a abertura de uma nova loja. “O desenvolvimento de Ribas tem criado várias oportunidades tanto para os empresários, quanto para a classe trabalhadora”, destaca.

A empresária ressalta ainda que com a abertura da nova panificadora, instalada na rodovia que cruza a cidade, vários novos postos de trabalho serão criados.

Contudo, Jacqueline traz outro lado não tão favorável para os negócios, já que, segundo ela, a mão de obra está escassa. “Para a nova unidade até coloquei um prazo maior para a abertura, pois tenho encontrado muita dificuldade para conseguir trabalhadores.”

Outro fator que tem refletido negativamente sobre a população, principalmente para aquelas que pertencem à região é o aumento do custo de vida, situação que tem aberto precedentes para que famílias sejam forçadas a sair da cidade. “Na panificadora perdi funcionários que não estavam aguentando pagar o aluguel, que subiu muito após a chegada da fábrica”, conta.

A gerente de um hotel da cidade, Lúcia Pereira, menciona o aumento na procura por hospedagens provocada pela chegada da fábrica. “Apesar da procura ser grande por locais que sirvam de moradia, mantemos o formato em diárias, o que faz com que recebamos pessoas de empresas que prestam serviços
para a construção da fábrica por tempo determinado”, todavia, ela revela um aumento elevado na busca por quartos, pontuando que em várias ocasiões o hotel fica lotado.

Um problema constatado pelos próprios moradores é a falta de estrutura local para receber a demanda de pessoas que chegam constantemente atraídas pelo potencial empregatício do lugar, que atualmente é chamado de “pequena grande cidade”.

Por Evelyn Thamaris.

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