A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande manifestou, na última sexta-feira (24), seu repúdio ao aumento de 20 centavos na tarifa do transporte público, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95. A entidade criticou o reajuste de 4,21%, destacando que está bem acima da inflação acumulada no ano anterior, que foi de 5,06%.
A CDL afirmou que o aumento impacta diretamente trabalhadores e empregadores da cidade, que são obrigados a destinar uma parcela considerável de seus rendimentos ao transporte público, prejudicando ainda mais o sustento de suas famílias. A Câmara também chamou a atenção para as péssimas condições do transporte coletivo, que continua a oferecer um serviço de baixa qualidade, com ônibus frequentemente quebrados, superlotados, com goteiras e sujeira, “parecendo verdadeiras carroças”.
De acordo com dados da CDL, a média salarial em Campo Grande é de R$ 2.000, o que implica que, com duas viagens diárias, o gasto mensal com transporte pode consumir até 12% da renda de um trabalhador.
Uma pesquisa recente da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) revelou que 65% dos entrevistados classificaram o serviço de transporte público como ruim ou péssimo.
Diante disso, a CDL de Campo Grande fez um apelo ao Legislativo Municipal para que haja uma fiscalização rigorosa sobre o contrato de transporte público e pediu à Prefeitura de Campo Grande que busque alternativas imediatas e eficazes para melhorar a qualidade do serviço, com foco no bem-estar da população. Atualmente, a frota de ônibus da cidade tem uma média de 8 anos de idade, sendo que 30% dos veículos ultrapassam 10 anos de uso.