Campo Grande continua sendo fonte de renda de quem escolheu se reconstruir em outra cidade

campo grande
Foto: Marcos Maluf

Neste sábado, dia 26 de agosto, Campo Grande completa 124 anos. Para compor a história, por aqui já passaram várias pessoas, que mesmo optando por reconstruir a vida em outra região, ainda enxergam uma fonte de renda na Capital sul-mato-grossense. 

Como é o caso da pedagoga Cristiane Martins, de 39 anos, que mudou há 3 anos para Porto Belo, em Santa Catarina, mas ainda possui um imóvel que contempla seus custos na outra cidade. O apartamento, localizado na Vila Sobrinho, é alugado pelo valor de R$ 1,5 mil e já é mobiliado. 

“Sou campo-grandense e hoje moro no litoral de Santa Catarina. Adquiri um apartamento no Residencial Flamingos, que alugo faz três anos. O aluguel complementa a minha vida aqui [em Santa Catarina], essa renda ajuda nas minhas despesas”, pontuou. Apesar da paixão pelo litoral catarinense, Cristiane reafirma o carinho pela Cidade Morena. 

“Sempre morei em Campo Grande. Vim para Porto Belo em janeiro de 2020, mas Campo Grande é a minha cidade natal, tenho boas lembranças de minha infância e juventude. Meus pais moram em Campo Grande, meu irmão também. Sempre tive vontade e curiosidade de morar no litoral, quando surgiu a oportunidade peguei o meu ‘cãopanheiro’ Lucky e partimos para o litoral catarinense”, recorda a pedagoga. 

Outro campo-grandense que foi morar fora é o médico-veterinário Fernando Henrique da Costa, de 31 anos. Atualmente, ele reside em Pedro Gomes, mas segue tendo relações com a Capital, já que é daqui que vem parte de seu sustento. A locação cobrada é de R$ 500.

 “Alugo uma casa por volta de um ano e meio, localizada no Jardim Columbia. O valor do aluguel me ajuda nos custos, despesas que tenho em Pedro Gomes”, disse. Sobre Campo Grande, Fernando destaca ser uma boa cidade. “Ao meu ver, Campo Grande é uma cidade muito boa para investir na área civil já que está em alta, por conta do crescimento populacional que está tendo”, destacou. 

A assistente administrativa Patrícia Silva Rocha, 32 anos, atualmente mora em Bandeirante e tem um imóvel alugado no bairro Noroeste. 

“Alugo há mais ou menos 2 anos o imóvel no Noroeste, e utilizo o aluguel que recebo para custear o aluguel do imóvel daqui [Bandeirantes]. Eu fiz contrato e eu mesma que alugo. Dependo do valor para arcar com meu aluguel aqui e não tenho reserva para repor esse valor”, ressaltou. 

Diferencial 

Na visão da presidente do Sindimóveis/MS (Sindicato dos Corretores de Mato Grosso do Sul), Luciana de Almeida, a natureza que cerca a cidade tem papel fundamental. “A nossa Capital realmente merece o posto que ocupa, se destacando no cenário nacional, sendo uma das melhores cidades e mais procuradas para se viver e fazer negócios imobiliários. Campo Grande tem um diferencial gigantesco porque mesmo com todo seu crescimento, ainda mantém a conexão com a natureza e permite muita qualidade de vida a toda a população”, destacou. 

“Nossa Capital segue em plena expansão e mantendo suas áreas verdes preservadas. Campo Grande é uma cidade que tem de tudo um pouco, se destacando também como uma das capitais mais seguras do país, segundo levantamento Connected Smart Cities, em 2021. Isso resume nossa Campo Grande, linda, promissora, acolhedora e abençoada!”, completou a presidente. 

O presidente do Secovi/ MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Geraldo Paiva, explicou que a Capital tem algumas particularidades que tem atraído olhares. “Campo Grande, por 3 anos consecutivos, foi classificada como uma das melhores capitais para se investir e morar. O mercado de imóveis de alta renda, assim como loteamentos fechados, continua aquecido.” 

Campo Grande tem a segunda maior valorização imobiliária

Campo Grande é a segunda Capital que mais obteve valorização imobiliária, de janeiro a julho deste ano, com alta de 8,95%. O levantamento é da pesquisa realizada pelo Índice FipeZap. 

A pesquisa detalha ainda a variação em 12 meses, e preço médio de venda (julho/2023) dos imóveis residenciais, nas setes regiões de Campo Grande. 

Na região do Prosa, o preço médio em julho foi de R$ 8.275/m², a variação no período de 12 meses apresentou um aumento de 25,8%. Já no Centro, o preço médio apontado é de R$ 5.583/m ². A variação foi de um aumento de 13,7%. 

A região Bandeira, segundo a pesquisa, teve variação de 16,1%. Enquanto a média é de R$ 5.029/ m². O Segredo teve a média de R$ 4.182/ m², já a variação diminuiu 7,8%. 

Assim como também a variação na região Lagoa, que obteve a variação de -0,8%, tendo o preço médio de R$ 3.415/m². 

Para a região do Anhanduizinho, a média foi de R$ 3.278/m² e a variação foi um aumento de 14,5%. Por fim, a região do Imbirussu teve a média de preço de R$ 3.184/m² e variação de +15,8%.

Por Suzi Jarde – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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