Bolsa registra alta impulsionada por índices americanos; dólar fecha estável

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Bolsa brasileira teve alta de 0,30% e terminou a sessão aos 132.426 pontos e nesta segunda-feira (8) impulsionada pelos índices dos Estados Unidos, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação, que serão divulgados ao longo da semana, e antes do início da temporada de balanços corporativos americana.

Mais cedo, o dia era de fraqueza para o Ibovespa, que foi pressionado pelas empresas do setor de petróleo. A commodity registrou forte queda nesta segunda após um corte de preços na Arábia Saudita por conta de preocupações com a demanda.

Na ponta positiva, o Ibovespa foi favorecido pelas “small caps”, empresas menores e mais ligadas à economia doméstica, que lideraram os ganhos da sessão. A Azul, a Magazine Luiza e o Grupo Casas Bahia subiram 7,59%, 6,09% e 6,06%, respectivamente.

Já o dólar terminou a sessão praticamente estável cotado a R$ 4,860, em variação negativa de 0,06%.

“Com a forte queda das commodities, as moedas de países exportadores acompanharam. Mas agora o movimento se inverteu um pouco. O peso mexicano já está se valorizando, e o real também”, comentou no início da tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

Às 13h44, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$ 4,8673 (-0,10%).
Essa perda de força do dólar ocorreu em paralelo à baixa da moeda norte-americana ante uma cesta de moedas fortes no exterior. Ainda assim, enquanto o dólar index operava em queda firme, o dólar se mantinha muito próximo da estabilidade ante o real.

Na agenda doméstica, o mercado repercute a divulgação do boletim Focus, do Banco Central, desta semana. Os economistas consultados pelo BC mantiveram as projeções para inflação e Selic em 3,90% e 9,0%, respectivamente, no fim deste ano. Para o PIB (Produto Interno Bruto), houve alta de 0,07 ponto percentual na estimativa, que chegou a 1,59%.

Nesta semana, investidores aguardam a publicação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro, marcada para quinta (11).

“Dados cruciais sobre a inflação nos EUA e o IPCA fechado de 2023 no Brasil estarão em foco, guiando os movimentos dos bancos centrais. Por enquanto, o mercado continua a apostar na redução da Selic nas próximas reuniões do Banco Central brasileiro, enquanto nos EUA, a tendência é de início de corte de juros a partir de março, conforme refletido nas projeções atuais”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Recentemente, porém, operadores reduziram as apostas num início em março do afrouxamento monetário do Fed, depois que um importante relatório de emprego do governo dos EUA mostrou uma criação de vagas acima do esperado em dezembro.

A força do mercado de trabalho pode ser um argumento para o banco central norte-americano ser mais cauteloso na condução da política monetária, já que é um potencial risco inflacionário.

Por Folhapress.

 

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