Aluguel em MS tem uma das menores taxas de inadimplência do Brasil

FOTO: NILSON FIGUEIREDO
FOTO: NILSON FIGUEIREDO

A taxa de inadimplência dos aluguéis em Mato Grosso do Sul fechou o mês de setembro em 2,6%, segundo dados da plataforma imobiliária Superlógica, que monitora mais de 800 mil imóveis no Brasil. O percentual coloca o estado entre os de menor inadimplência no país, ao lado de São Paulo e Distrito Federal, que também registraram 2,6%.

O índice sul-mato-grossense está abaixo da média nacional, que atingiu 3,14% em setembro, marcando o segundo menor desempenho do ano. Desde abril, o Brasil vem registrando uma leve tendência de queda nos números, após dois picos de inadimplência em fevereiro e abril, ambos em 3,8%.

À reportagem do O Estado, o economista Lucas Mikael afirmou que a taxa é um indicativo positivo. “Esse percentual sugere que, apesar dos desafios econômicos que o Brasil enfrenta, o estado apresenta um cenário mais favorável para locatários e proprietários. Uma inadimplência baixa pode ser interpretada como um sinal de que os inquilinos estão conseguindo honrar seus compromissos financeiros, ou que pode estar relacionado a uma economia local mais estável ou ao aumento da renda familiar na região.”

A posição sugere que o estado pode estar se beneficiando de políticas públicas eficazes, segundo o economista. “Isso incentiva a regularização de contratos de aluguel e a proteção dos direitos dos inquilinos. Esse cenário pode atrair mais investidores para o mercado de aluguéis, uma vez que uma baixa taxa de inadimplência geralmente está associada a um menor risco financeiro. Assim, a saúde do mercado de aluguéis parece promissora, favorecendo tanto os proprietários quanto os inquilinos, o que pode contribuir para um ciclo positivo de crescimento econômico na região”, analisou.

Dados da SIS (Síntese de Indicadores Sociais), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que 51,3% da população do estado vive em residências já quitadas. No entanto, entre 2016 e 2022, houve uma queda de 8,4 pontos percentuais nessa condição, enquanto a opção por moradias alugadas cresceu 3,5% no mesmo período, subindo de 19,7% em 2016 para 23,2% em 2022.

De janeiro a julho deste ano, o valor do aluguel residencial no Brasil disparou 9,23%, com destaque para Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, que liderou o ranking nacional com uma alta de 33,15% no ano e de 40,66% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZAP, divulgado pelo DataZAP.
Entre as faixas de valor, os contratos de imóveis residenciais com aluguel acima de R$ 13 mil apresentaram as maiores taxas de inadimplência, com 5,5%. Já os contratos entre R$ 2.000 e R$ 3.000 registraram o menor índice, com apenas 1,7%. No setor de imóveis comerciais, a inadimplência média em setembro foi de 3,9%, sendo que contratos com aluguéis de até R$ 1.000 tiveram o maior percentual de devedores, com 6,4%.

Por Djeneffer Cordoba

 

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