Acumulando quedas, feijão está entre produtos mais baratos da Cesta Básica

feijão
Foto: Valentin Manieri

Nos supermercados de Campo Grande, o quilo do alimento custa em média R$ 5,70

Frequentemente o consumidor se depara com o aumentos de alguns produtos nas prateleiras dos supermercados, no entanto, nesta semana os preços do feijão tipo carioca contribuíram para a economia no quesito “compras de mercado”. Através da coleta de dados do jornal O Estado, na sexta-feira (6), foi possível encontrar o produto sendo comercializado entre R$ 4,79 e R$ 7,99. A pesquisa é realizada em seis dois maiores atacarejos de Campo Grande, onde são comparados os valores de 25 itens da cesta básica .

Conforme a pesquisa, o quilo do feijão em média é repassado para o consumidor pelo valor de R$ 5,70. O levantamento evidencia a importância da comparação de preços de um estabelecimento para o outro. Como no caso do feijão, o produto teve um aumento de 66,81% entre os pontos de venda visitados. A pesquisa considerou o feijão Bem Tevi, outros valores também foram: R$ 4,99 e R$ 5,99.

O grão do feijão acumulou sete retrações nos preços ao longo do ano, de acordo com a pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em novembro, o produto atingiu uma queda de 3,39% na capital sul-mato-grossense. O grão preto apresentou comportamento diferenciado pela menor oferta e proximidade da próxima safra. A menor oferta do grão carioca não foi suficiente para elevar os preços na maior parte das cidades onde é pesquisado, devido à baixa demanda.

Ainda na linha dos produtos mais em conta, a batata também deu um alívio no bolso, custando em torno de R$ 4,80 o quilo. Os valores de comércio variaram entre R$ 3,99 podendo chegar a R$ 5,99, gerando uma variação de preço de até 50% entre as unidades de revenda. Outro produto que ficou mais barato nesta semana foi o pacote de macarrão com ovos (Dallas), o produto é vendido a partir de R$ 2,89. Na pesquisa da semana passada, o menor valor de comércio para o alimento foi de R$ 3,89.

Aumentou para o consumidor

Ainda segundo o monitoramento do Dieese sobre o comportamento dos itens que compõem a cesta básica, produtos que fazem parte da rotina de alimentação como: arroz, óleo, café e carne registraram alta nos preços em novembro, aumentos que seguem persistindo ainda neste mês de dezembro.

Pelo segundo mês consecutivo, o preço do quilo da carne bovina de primeira subiu em todas as cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. Entre outubro e novembro, as maiores altas ocorreram em Brasília (11,53%), Goiânia (10,35%), Campo Grande e (10,02%). O valor do óleo de soja, no varejo, em 12 meses teve elevação em todas as cidades. Com destaque para as variações em Belo Horizonte (41,95%), Campo Grande (39,81%) e Rio de Janeiro (36,80%). O crescimento do volume exportado do óleo bruto e a oferta interna menor pressionaram o valor do óleo no varejo.

O valor da cesta básica em Campo Grande saiu de R$ 751,06 em outubro para R$ 772,45 em novembro, ou seja, ficou 2,85% mais cara. A jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica na capital morena em novembro foi de 120 horas e 21 minutos. Ainda segundo informações do Dieese, o trabalhador campo-grandense comprometeu cerca de 59,14% do seu salário com gastos em alimentos de supermercados.

Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo (R$ 828,39), o Dieese estima que mensalmente o valor do salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.959,31 para uma família com quatro pessoas sendo duas adultas e duas crianças.

Por Suzi Jarde

 

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