Voo de CG a SP deve custar R$ 200 pelo programa ‘Voa Brasil’

Aeroporto
Foto: Bruno Arce

[Texto: Camila Farias e Suelen Morales, Jornal O Estado de MS]

Atualmente, passagem para São Paulo ou Brasília custa de R$ 740 a R$ 2.600

O governo federal anunciou, na última quinta-feira (13), que o programa “Voa Brasil”, poderá oferecer 1,5 milhão de passagens por mês. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, as passagens aéreas serão ao custo de R$ 200 e estarão disponíveis a partir de agosto, por meio do aplicativo das companhias de aviação.

Em Mato Grosso do Sul, as rotas mais procuradas são para São Paulo e Distrito Federal. Diversos voos semanais partem do Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR), com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), Aeroporto de Congonhas (CGH) e o Aeroporto Internacional de Brasília (BSB). Os preços das passagens aéreas podem variar de R$ 740,00 até R$ 2.630,00, quando tem até duas escalas. Os valores incluem os trechos de ida e volta, com taxas inclusas.

De antemão, o ministro confirmou a adesão ao programa das empresas Latam, Gol e Azul. “Esse programa tem capacidade de chegar em 1,5 milhão de passagens ao mês. Mas vamos chegar gradualmente. Precisamos preparar os aeroportos para isso”, ponderou o ministro, durante uma palestra na Uerj, no Rio de Janeiro. Cabe destacar que para ter acesso ao benefício do Voa Brasil, o passageiro precisa se enquadrar nas regras. Primeiramente, o Voa Brasil será limitado a quatro passagens por pessoa. O passageiro não poderá escolher qualquer trecho, já que as rotas serão pré-determinadas. Além disso, o principal objetivo do programa é beneficiar pessoas que não possuam o hábito de voar.

Conforme o ministro, as companhias aéreas vão poder sugerir a cobrança de até R$ 200 para qualquer trecho, durante períodos de ociosidade (menos procura), como nos meses de março, abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro.

Outra regra é que para poder ter acesso às passagens mais baratas, o usuário não pode ter voado nos últimos 12 meses. “Iniciaremos com aposentados, pensionistas, eventualmente servidores públicos também. O objetivo é trazer as pessoas que não voaram”, adiantou França.

Por fim, o programa Voa Brasil ainda será lançado oficialmente, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A equipe do jornal O Estado esteve, na manhã de sábado (15), no Aeroporto Internacional de Campo Grande. A enfermeira, Michelle Melo, 40, diz: “Eu achei interessante porque as passagens aéreas, ultimamente, andam muito caras e tem uma camada da população que não consegue viajar, acho que por conta desse valor e ainda mais no caso da população mais idosa. Eu já viajei várias vezes e vi que as poltronas ao meu lado estavam vazias. Achei que é uma proposta interessante”, citou.

Quem também aprovou o novo projeto foi Priscila Sebben, 44, corretora de imóveis. Segundo ela, a medida vai beneficiar tanto os passageiros, com a redução no valor pago pelas passagens, quanto as empresas de transporte aéreo, uma vez que certamente a procura vai animar para que mais pessoas viajem.

“Eu já sabia dessa proposta, achei interessante, acho que vale a pena. Vai contribuir tanto para um, quanto para o outro, porque a companhia também ganha e quem não pode viajar pagando o valor cheio, também tem a oportunidade de ter um voo tranquilo”, destacou.

Capacidade do CGR

Proteção Campo Grande é considerada uma das principais portas de entrada para o Pantanal. Desde 2021, o governo federal investiu nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande (MS). Os trabalhos foram executados pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), que administra o aeroporto.

De acordo com a Infraero, foram investidos R$ 39,9 milhões, com recursos oriundos do Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil), para a reforma do terminal, que passou a ter capacidade para receber 4,5 milhões de passageiros por ano. Antes, o aeroporto tinha capacidade máxima de 2,5 milhões de passageiros por ano.

A área das salas de embarque foi ampliada em 178% e o saguão praticamente dobrou de tamanho, passando de 1,4 mil para 2,7 mil metros quadrados. As obras também incluíram a renovação das pistas de taxiamento, do pátio de aeronaves e do acesso viário ao terminal, além da recuperação do sistema de drenagem e da faixa preparada da pista de pouso, com implantação de áreas de escape. Acesse também: Aperto fiscal prometido por Lula pode ser maior que o de Temer

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