Varíola dos macacos: Ministério da Saúde confirma primeira morte

Varíola dos Macacos
(Foto: Divulgação)

O Ministério da Saúde confirmou, hoje (29), a primeira morte relacionada à varíola dos macacos no Brasil. Em nota, a pasta informou que a vítima era um homem, de 41 anos de idade, que já tratava outras doenças, incluindo um câncer, o que ocasionou o agravamento do seu quadro de saúde.

Ainda de acordo com o ministério, o homem, que era de Uberlândia, não teve o nome divulgado. Ele estava hospitalizado em um hospital público de Belo Horizonte, onde sofreu um choque séptico, agravado pela varíola dos macacos. De acordo com o ministério, “a causa do óbito foi o choque séptico”.

Nos últimos tempos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de letalidade da varíola dos macacos foi de cerca de 3% a 6%; para a varíola humana maior, esse percentual chegava a 30%.

A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Cenário da doença no Brasil e no mundo

De acordo com o boletim mais recente, 1.066 casos da doença foram registrados no país, a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro. Apenas cinco pessoas morreram pela doença em todo o mundo durante o surto atual, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados ontem. A entidade ainda não se manifestou sobre a vítima no Brasil.

O ministério está tratando a doença como surto, o primeiro estágio da evolução de contágio, antes de epidemia e pandemia. O surto acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica, maior que o esperado pelas autoridades.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo e podem deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes.
A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *