UTI’s pediátricas trabalham com mais de 91% de taxa de ocupação em Campo Grande

Foto: Valentin Manieri/ Arquivo O Estado MS
Foto: Valentin Manieri/ Arquivo O Estado MS

[Por Inez Nazira com Ana Cavalcante, Jornal O Estado de MS]

“A demanda é sempre alta”, destaca SES sobre procura por atendimento nos hospitais do Estado

Pesquisa realizada pela reportagem do jornal O Estado aponta números alarmantes sobre a taxa de ocupação dos hospitais públicos de Mato Grosso do Sul. As unidades atendem na maioria das vezes com superlotação. Recentemente, a prefeitura de Campo Grande decretou estado de emergência por conta do aumento de casos de doenças respiratórias, uma das principais demandas do setor de saúde. Contudo, há outras doenças que ganharam força e dispararam as internações, que são as doenças cardiológicas e ortopédicas.

Os dados coletados fazem referência ao mês de maio, entre o dia 1º até o dia 21, vale lembrar que a demanda oscila, mas que em sua maioria a procura é alta. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não revelou os números para a pesquisa, porém afirma que quase todos os leitos estão ocupados.

“Os hospitais trabalham sempre com praticamente todos os leitos utilizados. A taxa de ocupação varia de acordo com a demanda, podendo oscilar para mais ou menos. Hoje, as principais causas de internação são as urgências cardiológicas, neurológicas e ortopédicas (acidente de trânsito), que se somam neste período às necessidades de internação por síndromes respiratórias”, pontua.

Na edição de quarta-feira (22), o jornal O Estado divulgou a alta no contágio por Influenza A, com mais de 160 casos notificados, além de 1.417 pessoas darem entrada nos postos de saúde com sintomas da doença. O número de mortes também é significante, com 16 óbitos declarado este ano, 13 a mais em relação ao ano passado.

“O município está em decreto de emergência por conta do aumento da circulação das doenças respiratórias e estabeleceu diversas medidas para mitigar o impacto nos serviços de saúde, entre eles a reestruturação e o estabelecimento de fluxos nas unidades de urgência e emergência, bem como a intensificação das tratativas para aumento de leitos na rede contratualizada”, pontua a Sesau.

O Hospital Universitário)/ Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) de Campo Grande e Dourados informou que o AVC (Acidente Vascular Cerebral) lidera a procura de atendimentos adultos,
seguido por pacientes que convivem com HIV AIDS; doenças cardiovasculares e em quarto lugar as doenças respiratórias.

Por outo lado, o principal motivo de encaminhamento no PAM Ped (Pronto Atendimento Médico Pediátrico) no HU é a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). A taxa de ocupação do hospital no momento é de 110%, com 232 pacientes internados.

No entanto, existem apenas 210 leitos no total, desses 18 são da ala pediátrica.

A Santa Casa de Campo Grande, hospital referência no atendimento da Capital e do interior do Estado tem 2.038 internados, desses 1.890 são adultos e 148 infantis. As principais causas são: Ortopedia (26,4%); Clínica Geral (11,33%); Obstetrícia (9,62%) e Cardiologia (8,44%).

De acordo com o documento que a reportagem teve acesso, a Santa Casa de Campo Grande já conta com 100% de ocupação no UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Adulto e Infantil. Já a Santa Casa de Corumbá atua com 71% de ocupação somente UTI Adulto, sem registro na ala infantil.

O arquivo levantou dados de 19 hospitais públicos estaduais e revela que a média de ocupação é de 82% no UTI Adulto, a maior parte está com 100%, alguns com 90-95%. Já o UTI Infantil encontra-se com 91% de ocupação. Ressaltando que alguns hospitais não divulgaram o quantitativo de leitos disponíveis e indisponíveis, podendo assim haver alteração.

“A demanda é sempre é alta, sempre a mesma média. Os motivos são diversos, como os leitos atendem todos os tipos de casos não tem como saber ao certo. A demanda no SUS (Sistema Único de Saúde) é alta, os hospitais sempre estão lotados”, afirma a Secretaria Estadual de Saúde.

Programa Nacional de Vacinação vai à sanção

O Senado aprovou um projeto de lei que cria o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas. O programa determina que a cada ano, após o início da campanha de vacinação contra a gripe, as equipes de saúde locais irão às escolas públicas para vacinar as crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, oferecendo as vacinas previstas para cada idade. Os pais deverão ser comunicados anteriormente sobre a data da aplicação, a intenção é a de facilitar o acesso aos imunizantes para o público infantil.

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