Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas será comprado por grupo russo

UFN3
Foto: Ministerio do Planejamento

O grupo russo Acron fechou a compra da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) da Petrobras, em Três Lagoas. O anúncio da compra foi feito pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante agenda de lançamento de pacotes de obras para macrodrenagem e pavimentação, no valor de R$ 70 milhões.

Na solenidade, realizada na Câmara Municipal de Três Lagoas, a ministra falou sobre a venda da UFN3. “Estou aqui em Três Lagoas e as vezes o Universo conspira ao nosso favor”, disse.

“Acabamos de receber a notícia que a Petrobras concluiu a venda da UFN3 para a Acron e já estamos avançando com o complemento dos entendimentos com o governador Reinaldo Azambuja”, completou.

O governador Reinaldo Azambuja se reuniu com a diretoria da estatal, há oito dias, para discutir sobre a negociação para venda da unidade.

“Esse empreendimento é de extrema importância para o Mato Grosso do Sul, tanto para recuperação da economia do município como para a autossuficiência que a fábrica poderá trazer em fertilizantes, dado que nosso Estado é dependente altamente deste insumo”, ressaltou o governador.

Após a confirmação da venda, a Petrobras deve emitir um fato relevante ao mercado, divulgando as condições da negociação, como explicou o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.

“Muitos querem saber qual é o prazo para a venda e quando a fábrica começa a operar. Primeiro, a Petrobras tem que apresentar esse fato relevante ao mercado – que deve acontecer na próxima semana – para então anunciarem um cronograma. Depois disso, governo do Estado, prefeitura de Três Lagoas, Petrobras e Acron vão se reunir para negociar doação de terreno e concessão de incentivos fiscais”, adiantou o secretário.

Além da ministra, estão cumprindo agenda em Três Lagoas os secretários Eduardo Riedel (Infraestrutura) e Eduardo Rocha (Governo e Gestão Estratégica).

A UFN3

A fábrica chegou a ter a obra paralisada após o rompimento de contrato entre a Petrobras com o consórcio responsável pela construção. Isso, em 2014, a obra já havia consumido R$ 3 bilhões.

A UFN3 ficou à venda em setembro de 2017 porque a Petrobras alegou que não tinha mais interesse em seguir no seguimento de fertilizantes. A empresa da Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia. Agora, novamente o grupo finaliza a negociação deste importante ativo estratégico para o desenvolvimento do Estado.

(Com assessoria)

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