Setor de bares e restaurantes calculam faturar 10% a mais no fim de ano

Setor que movimenta o período noturno da Capital aguarda com expectativa o fluxo - Foto: arquivo pessoal
Setor que movimenta o período noturno da Capital aguarda com expectativa o fluxo - Foto: arquivo pessoal

O setor de bares e restautantes, conhecidos também como o setor de “alimentação fora do lar” tem boa expectativa para os últimos meses de 2025. Segundo levantamento da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes), 81% dos empreendedores esperam ter alta no faturamento em comparação com o mesmo período do ano passado. Para a maioria (26%) o aumento deve ser de pelo menos 10%.

Setembro foi um mês difícil para o setor, marcado pela alta da inflação e pelos efeitos da crise do metanol, que impactou especialmente a última semana do mês. O resultado foi uma queda no número de empresas com lucro, que passou de 43% em agosto para 33% em setembro. Além disso, o total de negócios em prejuízo passou de 16% para 27%.

Os números corroboram com os resultados do Índice Abrasel-Stone, que indicou uma queda de -4,9 no volume de vendas no mês passado. Para o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, apesar do cenário com desafios os empresários seguem otimistas para a época que se aproxima.

“Setembro foi atípico, com fatores externos que afetaram o desempenho, mas, ainda assim, o otimismo permanece. Acreditamos que os próximos meses serão muito movimentados pelas confraternizações e pelo turismo, fatores que tradicionalmente fortalecem o desempenho do setor nesta época do ano”, afirma Paulo Solmucci,

Reforço nas equipes

Com a expectativa de aumento no fluxo de clientes, surge a oportunidade de finalizar o ano com a carteira assinada. Segundo a Abrasel 32% dos estabelecimentos pretendem ampliar o quadro de funcionários, especialmente para cargos operacionais como auxiliares de cozinha (70%), garçons (54%) e atendentes (48%). O principal motivo das contratações é a demanda do fim de ano, apontado por 78% dos empresários.

Apesar disso, 88% relatam dificuldades para contratar, principalmente pela falta de interessados nas vagas (32%) e pela escassez de profissionais qualificados (31%). Entre as posições mais difíceis de preencher estão as de cozinheiros especializados, como sushiman e churrasqueiro, além de chefes de cozinha e gerentes.

Para enfrentar a escassez de profissionais, muitos empresários têm adotado medidas para atrair e manter seus colaboradores. As ações mais comuns são a premiação por desempenho (41%), seguida de cursos e treinamentos (20%), flexibilização de horários (19%) e aumento de salários (19%).

“O desemprego em níveis historicamente baixos significa mais poder de compra e, por consequência, mais movimento. Isso traz um desafio a mais na contratação de profissionais, principalmente os mais qualificados. Mas é melhor ter essa dificuldade do que ver faltarem clientes.”, destaca Solmucci.

 

Por Suzi Jarde

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