A prefeita Adriane Lopes (Patriota) assinou na noite da última quarta-feira (28), um convênio com o Governo do Estado, para ampliação da Feira Central de Campo Grande. O valor que repassado pelo governo estadual será de R$ 25 milhões, que, junto aos R$ 14 milhões concedidos pelo Governo Federal, somam R$ 39 milhões de reais.
A contrapartida do Município, conforme anúncio da prefeita, será o lançamento da licitação das obras em março de 2023. O projeto prevê uma estrutura de 11.500 metros de área construída, distribuídos em dois andares, com investimento de quase R$ 40 milhões. “Acredito que este é o momento de recomeços, e essa feira traz isso aos comerciantes e traz para nossa cidade um resgate da história da colônia japonesa, que é tão importante para a construção da nossa Capital e de tudo que temos feito”, comentou Adriane.
A chefe do Executivo Municipal explicou que é necessário o aval da Caixa porque o projeto conta com recursos federais viabilizados para o município por uma emenda da bancada federal. “Com este recurso repassado pelo governador, a equipe da Sisep vai encaminhar toda a documentação necessária para os técnicos da Caixa Econômica Federal avaliarem e autorizarem a licitação de toda a obra”, explica.
O projeto
Nesta primeira etapa será implantada a estrutura elétrica e hidráulica que atenderá as futuras instalações, além de toda a estrutura física. O térreo, com 5,5 mil m² de área construída, será reservado para as 58 bancas de hortigranjeiros e o espaço de venda dos demais produtos.
No segundo pavimento, com 6 mil metros quadrados, haverá um espaço multiuso de 700 m² destinado a eventos como apresentações musicais e artísticas. O espaço terá arquibancada retrátil e uma praça na entrada em referência ao Japão e anfiteatro ao ar livre.
No pavimento superior também haverá um setor de alimentação, com 2,8 mil m² divididos em 30 restaurantes centrais, com capacidade para 920 lugares. Haverá uma praça de alimentação dividida em 10 setores. Todo o complexo terá um estacionamento para 500 veículos.
A concepção do novo projeto tem dois elementos-chave. A cobertura lembrará uma oca indígena e será feita de madeira. A base da estrutura evoca o navio Kasato Mar, que trouxe os primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil, em 1908.
A Feira Central, que é Patrimônio Cultural e Imaterial do Município, é gerida pela Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande, sob o comando de Alvira Appel. Segundo ela, a nova estrutura do espaço – que hoje recebe pelo menos 50 mil visitantes por mês -,vai acompanhar a modernidade e tornar o local mais competitivo para os empresários nele instalados. “Tudo se renova e a nossa feira precisa acompanhar a evolução do varejo do mercado, para que possamos ser competitivos e, também, se tornar um espaço mais moderno, para oferecer mais qualidade ao nosso cliente”.
Patrimônio de Campo Grande
“A “feirona”, como é conhecida, existe há mais de 90 anos. Já funcionou no local onde hoje é o Mercado Municipal, passou em seguida para a Avenida Calógeras, Rua Antônio Maria Coelho e, em 1966, se estabeleceu na Rua Abrão Júlio Rahe até ser transferida em 2004, para a esplanada da ferrovia, onde se mantém até hoje.
Há 5 anos, um grupo de estudos com técnicos da Prefeitura, Sebrae, Instituto do Patrimônio Histórico e representantes da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande, que administra a estrutura, começou a trabalhar no projeto de modernização. A feira tem 350 alvarás e gera 800 empregos diretos.
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